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Aplicativo ajuda pecuaristas a cuidar do dia a dia da fazenda

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11/03/2015 16h36 – Atualizado em 11/03/2015 16h36

Com a intenção de auxiliar os médios pecuaristas do Brasil, três colegas do Rio Grande do Sul decidiram criar um novo aplicativo. Encarregados de aposentar as cadernetas e as planilhas de Excel, Matheus Zeuch, Rodrigo Castilhos de Almeida e Álvaro Ferreira Raminelli lançaram o Brabov, com a finalidade de unir a expertise dos fazendeiros mais velhos com a vontade de inovar das gerações mais novas.

A ideia surgiu no final de 2013 quando Altivo Pacheco Castilhos, criador e avô de Rodrigo, aos 78 anos, comprou um tablet. “Meu avô comentou comigo que tinha gostado muito da ferramenta. Ele, que desde que me conheço por gente, controla tudo que acontece na fazenda em um caderno antigo, disse que seria interessante se pudesse ‘anotar’ os dados no aparelho”, conta Rodrigo.

Depois de escutar o aparente apelo de seu avô, o jovem engenheiro da computação de 29 anos, que sempre achou o controle à mão “absurdo e inadmissível”, resolveu convidar seu amigo Matheus para um “projeto despretensioso”. A ideia era criar algo simples, capaz de ajudar sua família em um melhor controle dos seus animais. “Quando trabalhamos na primeira versão, nunca pensei que fosse virar o Brabov”, conta Rodrigo. O primeiro modelo do aplicativo foi testado pelo cunhado dele e por um produtor do Paraná.

“Muitas fazendas aqui ainda são comandadas por pessoas mais velhas. Mas isso está mudando. Filhos e até mesmo netos já estão tomando conta das produções. Queremos facilitar a vida de todos”, diz Zeuch, formado em Sistemas da Informação. Depois de aprovado pela família, os jovens enxergaram um mercado promissor para o Brabov, já que o Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo. Além disso, Zeuch afirma que “grande parte das fazendas ainda é gerenciada através de cadernos e planilhas básicas”. Por isso, em 2014, Rodrigo e Matheus resolveram dar foco total ao aplicativo, convidando Álvaro Ferreira Raminelli, também engenheiro, para a equipe.

Como funciona

“A ideia principal do nosso projeto era fazer algo de fácil compreensão. Se o capataz de uma fazenda não conseguir entender como o aplicativo funciona, então o trabalho do Brabov está errado”, diz Rodrigo. Para criar as funções, os desenvolvedores – que mais entendem de tecnologia do que de pecuária – fecharam uma parceria com a Unipampa (Universidade Federal do Pampa, no Rio Grande do Sul), instituição responsável por prestar o serviço de consultoria àqueles que baixam o serviço.

Com a ferramenta, o produtor pode “ficar de olho” no seu gado de qualquer lugar – o serviço funciona online e offline para celulares e tablets iOS e Android e apenas online em computadores. Segundo Matheus Zeuch, é possível registrar pesagens, controlar vacinação e até encontrar o ponto ótimo de venda dos animais com o Brabov. “Na parte tecnológica, a gente tem um background muito grande”, afirma Matheus.

A equipe afirma que o produtor é capaz de descobrir quais lotes estão ganhando mais peso, a produtividade por animal e quando o gado atinge o ponto de venda com os relatórios prestados. Para Zeuch, a relação é simples: “vamos imaginar um cenário: o fazendeiro mais velho, capaz de analisar um animal só com o ‘olho’, agora vai ter ajuda do neto, que acabou de se formar na faculdade”.

Para quem serve

Por terem começado com o senhor Altivo Pacheco, um médio produtor do Rio Grande do Sul, a equipe afirma que os objetivos iniciais do Brabov focavam em planos gratuitos para esse tipo de pecuarista. Para Leo Freitas, que baixou o aplicativo, foi uma boa opção. “Não sou produtor, mas tenho família em Santana de Boa Vista, no Rio Grande do Sul, que possui uma pequena criação de gado – coisa de 100 cabeças. Eles acharam simples de usar não perderam a paciência com um sistema muito complexo”, contou o usuário à Globo Rural.

No entanto, o número de downloads e o mercado em potencial fez com que a empresa expandisse sua clientela, agora visando o grande produtor. “Em um mês de lançamento, alcançamos 165 produtores e mais de 2000 animais registrados. São 15 novos usuários por dia. Então a ideia é expandir muito o nosso serviço”, conta Rodrigo.

O produtor com mais de 300 animais pode acessar a versão Premium, que cobra anualmente R$ 1,50 por cabeça. Com essa opção, o produtor contará com “um banco de dados de alta performance”, garante Zeuch, assim “gerando relatórios que visam o aumento da produtividade da pecuária brasileira”.

Fonte: Revista Globo Rural

Foto: Divulgação

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