13/05/2015 15h18 – Atualizado em 13/05/2015 15h18
No período, os embarques somaram 107 mil toneladas; Rússia, Venezuela, Irã e Argélia apresentaram crescimento.
Com um incremento de embarques para a Rússia, Venezuela, Irã e Argélia, a indústria de carne bovina brasileira registrou um faturamento de US$ 447 milhões nas exportações em abril, com embarques de mais de 107 mil toneladas.
Comparado a março, os embarques para a Rússia aumentaram 23% em volume (22 mil toneladas) e 22% em faturamento (US$ 71 milhões). Já a Venezuela comprou 71% mais que no mês anterior, totalizando 8,6 mil toneladas. O faturamento também cresceu 71%, somando US$ 48,5 milhões. O Irã importou 10,9 mil toneladas (24% de aumento) com faturamento de US$ 40 milhões (crescimento de 26%). Destaque também para a Argélia com 59% de crescimento em volume (3 mil toneladas) e 57% em faturamento (US$ 13 milhões).
No total do mês de abril, foram registradas quedas tanto em faturamento como volume, ambos em 7%, se comparados com o mês anterior. Os países que registraram maiores quedas no mês foram Hong Kong, Egito e Chile.
A carne in natura seguiu como a categoria de produtos mais exportada, atingindo um faturamento de US$ 347 milhões no mês, com crescimento de 2% em relação ao mês anterior. Vale destacar que a categoria tripas cresceu 183% em faturamento e 168% em volume em relação a março de 2015.
No acumulado do ano, o Brasil exportou mais de 426 mil toneladas de carne bovina – queda de 15% em comparação com o mesmo período do ano passado. O faturamento nos quatro primeiros meses de 2015 soma US$ 1,8 bilhão (17% menos que o ano anterior). Porém, a expectativa do setor é que o quadro mude a partir do segundo semestre, com a retomada de importantes mercados, como a China.
De acordo com o presidente da ABIEC – Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne, Antônio Jorge Camardelli, a reabertura de mercados como Arábia Saudita, bem como a volta dos embarques para a África do Sul e Iraque, também devem contribuir para o aumento das exportações no segundo semestre. “No final de maio teremos a visita técnica da Arábia Saudita. Com a reabertura desse mercado, também podemos chegar a outros países como Bahrein, Catar e Kuwait. Esse cenário nos mostra a real possibilidade de recuperar a retração que o setor registrou nesse início de 2015”, afirma Camardelli.