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domingo, 27 de outubro de 2024
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ILP potencializa produção de carne na recria

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04/08/2015 16h02 – Atualizado em 04/08/2015 16h02

O sistema de integração lavoura-pecuária (ILP) está perfeitamente alinhado ao conceito do boi 7.7.7 – tema do Circuito Expocorte 2015 – como mostrou o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Roberto Giolo, durante palestra no segundo dia do evento, 30 de julho, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, em Campo Grande, MS.

Por potencializar o uso da pastagem, implantada logo após a lavoura, ou seja, na época seca do ano, outuno-inverno, o sistema possibilita, apenas com suplementação mineral para o animal, o ganho das sete arrobas na fase de recria, podendo se chegar a maiores ganhos de peso por animal com o uso de suplementação protéico-energética e, desta forma, antecipar o período de entrada na fase de terminação, chegando a 21 arrobas no período de 24 meses, como preconiza o conceito. “O maior potencial da ILP é a produção de pastagem de alta qualidade e quantidade, justamente num período de deficiência de pasto que é a entressafra”, explica o pesquisador.

Dados de um experimento desenvolvido pela Embrapa Gado de Corte, no período de 2006 a 2010, mostram números bem próximos ao conceito do boi 7.7.7. No trabalho de pesquisa, bem anterior ao conceito, foi alcançada a produção de 6,7 arrobas por animal na fase de recria, em sistema de integração com nível não tão intensivo. “Então é muito razoável alcançar esses valores em sistema de integração se comparado a pasto tradicional, onde é necessário o uso mais intenso de suplementação e/ou adubação. Na ILP, com a rotação lavoura/pasto em ciclos curtos, de dois a quatro anos, a propriedade pode contar com pastos novos a cada ano e ampliar a capacidade de produção de carne”, diz Giolo.

Por associar duas atividades – a lavoura e a pecuária – a ILP é mais eficiente na utilização dos recursos naturais e insumos de uma maneira geral. Também é mais eficiente dos pontos de vista produtivo e econômico, além de minimizar os impactos ambientais com a menor produção de gases de efeito estufa por quilo de carne produzida. “Apesar de todos os benefícios da integração, muitos pecuaristas ainda resistem à adoção do sistema, por este exigir maior capacidade de gestão e capital inicial para implantação”, conclui o pesquisador.

Foto: Divulgação

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