05/10/2015 16h27 – Atualizado em 05/10/2015 16h27
As exportações brasileiras somaram US$ 144,5 bilhões nos nove primeiros meses de 2015, valor 16,7% menor em relação ao mesmo período de 2014. Já as importações atingiram US$ 134,2 bilhões, valor 23% menor que as compras externas no mesmo período do ano passado. Dessa forma, a balança registrou superávit de US$ 10,2 bilhões no período. Apesar dos saldos mensais terem sido positivos e crescentes desde abril, a corrente de comércio apresenta queda de 19,9% no acumulado de 2015.
Tal cenário mostra que, até o momento, as transações brasileiras de comércio exterior (exportação + importação) registram queda de US$ 69,3 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados da balança comercial foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) no dia 1º de outubro.
A China foi o principal destino das exportações brasileiras, sendo responsável por 20% do valor total exportado pelo país, US$ 28,9 bilhões. Em segundo lugar está a União Europeia, somando US$ 25,6 bilhões (17,7%), seguida por Estados Unidos, US$ 18,3 bilhões (12,7%) e Argentina, US$ 9,8 bilhões (6,8%).
Na análise da pauta exportadora, os produtos do agronegócio continuam em destaque. Ocupando a primeira posição nas exportações totais do país, a soja em grão obteve US$ 19,1 bilhões em receitas. As exportações de soja em grão, carne de frango (US$ 4,7 bilhões), farelo de soja (US$ 4,5 bilhões), café em grão (US$ 4,1 bilhões), carne bovina (US$ 3,3 bilhões), milho em grão (US$ 2,2 bilhões), fumo em folhas (US$ 1,6 bilhões) e carne suína (US$ 867 milhões), foram responsáveis por 28,5% do valor total exportado no período.
O milho em grão foi o destaque, com crescimento de 1,2% em valor. Essa variação demonstra, em parte, o ótimo de desempenho da produção do milho safrinha em 2015. A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) estima crescimento de 4,1% na área plantada e 8,2% na produtividade para a safrinha de milho 2014/2015. Esses fatores contribuíram para o aumento de 12,6% na produção, que deverá alcançar 54,5 milhões de toneladas. A estimativa é que a safrinha corresponda a 64,3% da produção total de milho, 84,7 milhões de toneladas.
A valorização do dólar frente à moeda nacional elevou a competitividade do milho brasileiro no mercado externo, principalmente em relação aos EUA. O indicador de preços do milho ESALQ/BM&F Bovespa fechou o mês de setembro em R$ 33,69, um crescimento de 19,6% no mês. Outros produtos do agronegócio que apresentaram aumento no valor exportado são: celulose (+3,2%), madeira serrada (+13,6%), laminados planos (+59,5%) e papeis e cartões (+1,3 %).
Fonte: CNA