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Informatização na bovinocultura leiteira é realidade e robôs garantem ordenha por 24 horas

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06/10/2015 15h22 – Atualizado em 06/10/2015 15h22

Um sistema robotizado que não para nunca. Vacas decidindo o momento certo de extrair o leite. Parece ficção, mas não é! Na propriedade do produtor Armando Rabbers é a realidade.

Ele é um dos visionários que têm apostado no desenvolvimento tecnológico para garantir um produto mais competitivo no mercado. A propriedade em Castro, no interior do Paraná, é a primeira da América Latina a ter robôs para a ordenha automática. As duas máquinas trabalham 24 horas com o rebanho de 320 vacas holandesas.

O Dorival Pinheiro é o operador da máquina e comemora o ganho que teve na qualidade do trabalho, já que não precisa fazer o processo manualmente.

– Seria muito difícil, porque ordenhar 140 vacas na mão teria que ser em duas ou três ordenhas, não seria fácil – afirma.

Um chip pendurado no pescoço armazena todas as informações do animal. Um leitor identifica os dados e começa o trabalho. O braço mecânico cuida da higienização e, logo em seguida, o raio laser indica o local exato onde a teteira precisa encaixar, mantendo constante o ritmo da ordenha. O leite é canalizando direto para o tanque de resfriamento.

Além de respeitar o estímulo natural do úbere, que enche e se torna desconfortável para o animal, as vacas recebem alimento toda vez que são ordenhadas. Cada um dos dois robôs pode atender até 150 animais por dia.

Todo o sistema é automatizado e pode ser controlado pelo computador, celular ou tablet . Com apenas um clique é possível controlar até a quantidade de ração enviada aos animais.

– Do meu telefone consigo acessar quase todo o sistema. Consigo ver a fila de ordenha, qual animal está atrasado, qual vaca precisa ordenhar, e até mesmo se acontecer algum problema, se a vaca dá um coice e descalibrar um braço – explica Pinheiro.

A limpeza do piso, os ventiladores, as luzes e o cowbrush, uma espécie de massageador para as vacas, também são controlados pelo computador. Com tanto monitoramento é possível até diagnosticar doenças preventivamente.

Armando equipou toda essa área da propriedade em parceria com o Banco do Brasil. O investimento total – com recursos próprios e financiados – chegou a R$ 1,9 milhão. Pelo Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais, o Moderagro, foram R$ 309 mil. Já o investimento com o Programa ABC, Agricultura de Baixo Carbono, chegou a R$ 927 mil. Parte desse recurso foi para construir o biodigestor, que trata os resíduos dos animais.

– A gente não pode perder nada hoje na propriedade. Temos que tentar aproveitar o máximo de tudo para economizar nos custos. Hoje diminuímos pela metade o uso de adubação química na propriedade – conta Rabbers.

Com todas as inovações, a produtividade cresceu 30%. É mais leite que segue para a cooperativa Castrolanda. Muito satisfeito com os resultados, o produtor planeja aumentar o rebanho.

– Somente com a ajuda do banco pra gente conseguir fazer esse investimento, porque não é barato, não é fácil, mas a inovação que o banco traz é muito importante – ressalta.

Fonte: Canal Rural

Foto: Divulgação

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