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sábado, 26 de outubro de 2024
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Surpresa: Frango inteiro tem remuneração melhor que a dos cortes

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14/12/2015 14h02 – Atualizado em 14/12/2015 14h02

Com menor agregação de valor em relação aos cortes, aos industrializados ou, ainda, à carne salgada, o frango inteiro é o “primo pobre” das exportações de carne de frango. A ponto de, nos últimos 10 anos, ter alcançado preço correspondente a apenas 72% do preço médio obtido pelos cortes (em setembro de 2011, cortes a US$2.293,05/t e frango inteiro a US$1.651,77/t). Porém, nesse espaço de tempo e pelo menos até o mês de abril passado, a relação de preços entre frango inteiro e cortes exportados ficou em torno dos 85%.

É verdade que houve momentos em que o frango inteiro chegou a apresentar índices de valorização bem mais elevados. Em dezembro de 2007, por exemplo, foi negociado por US$1.543,03/t, valor que correspondeu a 97% do preço então alcançado pelos cortes – US$1.590,17. Mas, historicamente – e desde que a avicultura brasileira, ainda no século passado, começou a exportar também frango em pedaços além do frango inteiro – este último jamais alcançou preço superior ao dos cortes.

Calma lá! Porque isso só é verdade até abril passado. Sim, a ocorrência parece ter passado despercebida de todo o setor, mas, de acordo com os registros da SECEX/MDIC, desde o mês de maio o frango inteiro vem obtendo preço superior ao dos cortes.

Não que esteja registrando valorização. Seu preço médio, em novembro passado (US$1.571,40/t) recuou quase 20% em relação, por exemplo, a novembro de 2012 (US$1.948,44/t). Ou seja: os cortes é que sofrem desvalorização maior (no mesmo espaço de tempo, perda de 30% – de US$2.082,60/t para US$1.447,66/t).

De toda forma (isto é: ainda que esse ganho tenha sido registrado apenas a partir de maio), os 11 primeiros meses de 2015 foram encerrados com o frango inteiro valendo, em média, quase meio por cento a mais que os cortes. No mesmo período do ano passado seu valor médio foi 15,5% menor que o dos cortes.

A primeira vista, o melhor desempenho do frango inteiro está relacionado ao episódio de Influenza Aviária nos EUA. Mas pode, também, ser decorrência de um redirecionamento do produto, com eliminação de clientes que não propiciam adequada remuneração. Aponta nessa direção o fato de, no ano (11 meses), as exportações do produto inteiro terem recuado quase 5%.

Já os cortes caminharam no sentido inverso. O volume exportado aumentou mais de 11% em relação a idêntico período de 2014. E isso – em tempos de crise econômica – pode ter contribuído para uma deterioração maior no valor dos cortes.

Fonte: Avisite

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