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Cerimônia de certificação do Senar/MS reúne mais de 700 produtores familiares em Terenos

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16/12/2015 15h02 – Atualizado em 16/12/2015 15h02

“Nosso objetivo é desenvolver um trabalho que possa aliar conhecimento e qualificação profissional no setor rural em todas as regiões de Mato Grosso do Sul”. A afirmação feita pelo presidente do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, Mauricio Saito, aconteceu na manhã dessa segunda-feira (14), durante a cerimônia de certificação de 716 concluintes nos cursos de formação profissional do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.

Saito parabenizou os formandos e reforçou a importância de todos os parceiros envolvidos em ações que estão transformando a vida da comunidade. “Quero congratular cada um dos formandos pela determinação e vontade de se capacitar, já que este ano dobramos o número de participantes, em relação a 2014. O que temos aqui é uma união de esforços pelo bem comum e que conta com a participação do Sistema Famasul, do Senar/MS, da Agraer representando o governo do Estado, da prefeitura de Terenos e do Sindicato Rural”, destaca.

O aumento no número de cursos oferecidos foi sustentado pelos programas de assistência técnica realizados no município, incluídos na metodologia de ATeG – Assistência Técnica e Gerencial do Senar/MS. Atualmente 24 produtores recebem orientação profissional em bovinocultura de leite (Mais Leite), 14 em bovinocultura de corte (Mais Inovação) e 36 na área de hortifrutigranjeiros (Hortifruti Legal).

O coordenador nacional de ATeG do Senar Brasil, Matheus Ferreira, participou do evento e explicou que a regional de Mato Grosso do Sul foi uma das primeiras a adotar a metodologia e, por isso, pode contribuir com a experiência já desenvolvida. “2015 foi o ano de consolidação da metodologia do ATeG e encerramos o ciclo com adesão de 22 regionais do Senar. As boas práticas desenvolvidas aqui no Estado podem ser utilizadas como referência para outras unidades federativas, já que este ano 1,5 mil produtores foram assistidos”, pontua.

Expectativa para 2016 – Uma das concluintes que recebeu o diploma por três cursos finalizados foi Lúcia Helena
Barbosa Ferreira, moradora no assentamento Santa Mônica e assistida no programa Mais Leite há um ano.
“Aprendi muito com a equipe de assistência técnica e hoje me considero uma boa produtora. Comecei aatividade com quatro vacas, mas uma delas acabou morrendo porque estava velha e doente e eu não entendia muito quando comprei. Depois que implantei as mudanças no manejo, minha produção de leite aumentou de três para 25 litros diários, com apenas duas vacas em fase de produção”, revela orgulhosa. A produtoracompartilha, ainda, os planos para 2016: “Já consegui construir um barracão, instalar uma ordenha mecânica e planejo comprar mais dois animais para aumentar minha produção”, conclui.

A produção de leite de Jorge Clemente dos Santos, produtor familiar do assentamento Campo Verde também registrou um salto de qualidade. Ele comemora a chegada da filha Zenaide, que deixou o trabalho em Campo Grande para auxiliar a família. “Minha filha ficou animada com a melhoria que conquistei e já começou a trabalhar comigo. Isso é bom, pois trabalhamos em família. Com ajuda da técnica do Senar/MS eu elaborei um projeto para investir R$ 2 mil anualmente, no período de 10 anos. No entanto, termino o primeiro período mais do que satisfeito, com R$ 4 mil sem precisar recorrer a nenhum financiamento”, comemora.

Na avaliação de Zenaide de Souza dos Santos, o trabalho realizado pela equipe do Senar/MS mostrou aos produtores a necessidade de investir em tecnologia e técnicas corretas para conquistar independência econômica. “Meu pai trabalha com produção de leite há 26 anos aqui no assentamento, mas, somente com a assistência técnica conseguiu melhorar a rentabilidade da nossa propriedade. Tanto que em maio decidi voltar para auxiliá-lo e estamos planejando investir na produção de leite orgânico, que possui uma demanda grande no mercado”, pontua.

De acordo com o superintendente do Senar/MS, Rogério Beretta, os cursos de capacitação profissional foram fundamentais para o aumento da procura por qualificação e do fortalecimento da cooperativa local, a Cooplaf. “A história desta comunidade começou na busca por aperfeiçoamento e no entendimento que o desenvolvimento de cada família implica na transformação do cenário econômico local. Os cooperados se uniram e trabalham para tecnificar cada vez mais as atividades e o resultado foi a ampliação do nosso atendimento que atende três programas de assistência técnica, além dos cursos oferecidos por intermédio do sindicato rural de Terenos”, finaliza.

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