30/03/2016 11h23 – Atualizado em 30/03/2016 11h23
O Programa Rio Rural foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) como exemplo de iniciativa de sucesso dedicada ao estímulo à adoção e disseminação de boas práticas agrícolas na agricultura familiar, com foco na combinação de geração de renda e conservação ambiental.
Capitaneada pela Secretaria de Agricultura e Pecuária do Rio de Janeiro, com apoio financeiro do Banco Mundial, a ação atua junto às comunidades que vivem nas microbacias hidrográficas do Estado. Os agricultores locais recebem assistência técnica e recursos para a implantação de sistemas de produção sustentáveis.
Até 2018, a expectativa é que sejam investidos cerca de US$ 233 milhões no programa, beneficiando 48 mil agricultores de 366 microbacias, localizadas em 72 municípios fluminenses.
Reconhecimento
Ao reconhecer os méritos do Rio Rural, Bernardete das Neves, da Divisão de Terra e Água da FAO, assinalou que a adoção de boas práticas e o aumento da eficiência produtiva nas propriedades rurais, incentivada pelo programa brasileiro, são determinantes para viabilizar projetos de conservação ambiental e serviços ecossistêmicos.
Segundo Bernardete, quando um agricultor atende todas as regras de preservação de topos de morro, mata ciliar e nascente, perde muito de sua área de produção, pois estamos falando de pequenas propriedades. “Então, o que ele pode fazer? A solução é desenvolver um plano integrado da propriedade que o ajude a obedecer às regulações, proteja a floresta e a água, mas que possa também garantir sua subsistência”, ressalta, se referindo à iniciativa brasileira.
De acordo com a representante da FAO, ao trabalhar a partir de planos integrados de microbacias, mapeando a propriedade de cada produtor, o programa brasileiro ajuda o agricultor na tomada de decisão de como balancear produtividade e segurança alimentar e, ao mesmo tempo, promover a conservação de floresta e recursos hídricos.
“As ações do plano são financiadas por uma combinação de programas públicos já existentes, e também por iniciativas privadas estabelecidas, com empresas que necessitam reduzir ou compensar o impacto de empreendimentos.”
Fonte: Universo Agro