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quinta-feira, 31 de outubro de 2024
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Soja sustentável e os avanços da produção brasileira

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01/04/2016 11h42 – Atualizado em 01/04/2016 11h42

As projeções são animadoras e a RTRS está confiante por mais um ano de excelentes resultados. O Brasil deve colher 211,3 milhões de toneladas de grãos na safra 2015/2016, de acordo com estudos do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). O volume representa 0,9% a mais do que a safra anterior. A soja, o milho e o arroz são os principais produtos do grupo, que representam 92,8% da estimativa da produção e respondem por 86,4% da área a ser colhida.

As estimativas para a produção de soja cresceram 4,9% enquanto a área a ser plantada aumentou 2,7%. A produção de soja novamente será recorde e essa alta será impulsionada pelos preços no mercado mundial. Os dados do último Levantamento Sistemático da Produção Agrícola indicam que devem ser colhidas 101,8 milhões de toneladas em uma área de 33 milhões de hectares.

Em relação às exportações, os embarques brasileiros do complexo de soja totalizaram US$ 27,96 bilhões em 2015, o que representa 54,3 milhões de toneladas, de acordo com a Secretaria do Comércio Exterior (Secex). Do total, US$ 20,98 bilhões referem-se à soja em grão, US$ 5,82 bilhões ao farelo de soja e US$ 1,2 bilhão ao óleo de soja. Juntos, os três produtos responderam por 14,6% do total das exportações brasileiras no ano passado.

A RTRS (Round Table on Responsible Soy Association) – organização da sociedade civil que promove a produção, processamento e comercialização responsável da soja em nível global – acompanha os avanços da produção e exportação brasileira e trabalha para que o grão seja economicamente viável e ambientalmente adequado. Para se tornar um produtor RTRS e obter uma Certificação, é necessário seguir os cinco princípios básicos: cumprir as leis e as boas práticas de negócios, oferecer boas condições de trabalho, respeitar e criar vínculos com as comunidades locais, cuidar do meio ambiente e adotar boas práticas agrícolas.

Em 2011, a RTRS certificou as duas primeiras fazendas no mundo, ambas no Brasil. Ao todo foram 76,4 mil hectares, o que representou 251 mil toneladas de soja. Em 2015, o Brasil obteve 432,2 mil hectares certificados (1,36% da área total cultivada de soja), o que representou 1,4 milhão de toneladas de soja (1,49% da produção nacional). São 73 fazendas certificadas e muitas estão com auditorias credenciadas. A previsão é que até 2020, o país alcance pelo menos 5 milhões de toneladas, volume correspondente a 5% da produção interna.

As principais vantagens econômicas para os produtores são oportunidades de acesso a mercados internacionais e programas de financiamento, possibilidade de recompensa decorrente da venda de material certificado e redução dos custos devido ao maior controle sobre os insumos. Existe também a possibilidade de venda de créditos RTRS, que consiste em uma alternativa a comercialização do material físico. A RTRS concede aos produtores créditos equivalentes ao volume certificado. Em 2015, produtores rurais comprometidos com o plano sustentável da soja no mundo foram premiados com pouco mais de US$ 6 milhões, melhor resultado atingido até agora.

Ambientalmente, os benefícios são manutenção da biodiversidade e alto valor de conservação, melhoria no solo e qualidade da água, redução da poluição, menor produção de resíduos, menores impactos sobre a saúde e o meio ambiente, por meio de aplicação sistemática e reconhecida de técnicas de Manejo Integrado de Cultivos. Por meio de boas práticas de produção sustentável, a RTRS atende a crescente demanda mundial por alimento, uma vez que a soja é a maior fonte de proteína disponível.

A RTRS é reconhecida com uma importante ferramenta para que o produtor tenha maior rentabilidade e expansão dos seus negócios e para que as exportações de soja de qualidade cresçam exponencialmente e contribuam com a economia do país.

Fonte: Cenário MT

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