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quinta-feira, 31 de outubro de 2024
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Produção de soja com sustentabilidade é destaque da Embrapa no Tecnoshow

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06/04/2016 11h35 – Atualizado em 06/04/2016 11h35

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Fundação Meridional de Apoio à Pesquisa e o Centro Tecnológico para Pesquisa Agropecuária (CTPA) participam do Tecnoshow Comigo 2016, que será realizado de 11 a 15 de abril, em Rio Verde (GO) apresentando seu portfólio de soja para a região Centro Oeste: BRS 388 RR, BRS 359RR (cultivares de soja RR); BRS 1001 IPRO, BRS 1003IPRO, BRS 6979 IPRO, BRS 7170 IPRO, BRS 7270 IPRO, BRS 7470 IPRO, BRS 7570 IPRO e BRS 8170 IPRO (cultivares com tecnologia Intacta) e a BRS 284 (soja convencional). Além de sua coleção de cultivares de soja, a Embrapa Soja também irá demonstrar algumas tecnologias sustentáveis como Fixação Biológica do Nitrogênio, Manejo Integrado de Pragas e Doenças. Outro destaque serão as palestras que estão agendadas, conforme detalhado na programação abaixo.

A ferrugem-asiática da soja é a doença mais severa da cultura da soja e a que demanda maior investimento dos produtores, tanto que o custo médio anual para o controle da doença no País é de cerca de US$ 2 bilhões por safra. Os fungicidas são atualmente uma das grandes ferramentas para o controle da doença. O problema, no entanto, é que a rede do Consórcio Antiferrugem, que avalia anualmente a eficiência dos fungicidas, tem identificado reduções na eficiência desses produtos. A principal causa do problema vem sendo associada ao uso intensivo dos fungicidas, desde 2001, quando fungo Phakopsora pachyrhizi foi relatado pela primeira vez no Brasil. A maioria dos fungicidas utilizados no controle da ferrugem pertencem a três grupos (inibidores da desmetilação – “triazóis”; Inibidores da quinona oxidase – “estrobilurinas” e Inibidores da succinato desidrogenase – “carboxamidas”). Ao ser identificada no Brasil, a ferrugem-asiática foi controlada com a aplicação de fungicidas triazóis, isolados ou em misturas com estrobilurinas. Alguns triazóis apresentavam alta eficiência de controle, mesmo quando usados isoladamente, com eficiência semelhante às melhores misturas, lembra a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja. No entanto, a partir da safra 2007/08, resultados de ensaios cooperativos realizados pelo grupo de pesquisadores do Consórcio Antiferrugem (www.consorcioantiferrugem.net) em várias regiões brasileiras, mostraram redução de eficiência de alguns triazóis. A partir de 2013, fungicidas estrobilurinas também apresentaram redução de eficiência, afetando a eficiência das misturas em diferentes níveis. “Esse problema tem sido associada à seleção de populações do fungo menos sensíveis aos fungicidas desses grupos”, explica Godoy.

Entre as estratégias antirresistência para o manejo eficiente da ferrugem estão: incluir todos os métodos de controle de doenças, dentro do programa de manejo integrado; utilizar sempre misturas comerciais formadas por dois ou mais fungicidas com modo de ação distintos; aplicar doses e intervalos recomendados pelo fabricante; evitar mais que duas aplicações do mesmo produto em sequência e utilizar no máximo duas aplicações de produtos contendo carboxamidas por cultivo e não utilizar carboxamidas quando a doença estiver bem estabelecida. Saiba mais sobre a principal doença na cultura da soja. Acesse:www.embrapa.br/soja/ferrugem

Manejo Integrado de Pragas – A Embrapa Soja e o Instituto Emater (PR), desde a safra 2012/2013, avaliam o impacto da utilização no Manejo Integrado de Pragas na cultura da soja, em unidades de referência, instaladas em propriedades do Paraná. Segundo o pesquisador da Embrapa Soja, Osmar Conte, o número médio de aplicações de inseticidas nas Unidades de Referência que utilizaram o MIP, na safra 2014/2015 foi de 2,1 aplicações, enquanto a média estadual foi de 4,7 entre os produtores que não utilizam a tecnologia. “É um número bastante expressivo, pois mostra uma redução na aplicação de inseticidas superior a 55% nas áreas que adotam o MIP”, ressalta Conte.O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é um conjunto de tecnologias baseado na amostragem de pragas e no monitoramento da lavoura para a tomada de decisão com relação ao controle de pragas. É uma ferramenta para favorecer a racionalização do uso de inseticidas com redução nos custos de produção.

Fixação Biológica do Nitrogênio – Referência mundial na utilização de bactérias para a fixação biológica do nitrogênio, os produtores brasileiros de soja têm uma economia estimada em 12 bilhões de dólares por ano, segundo a pesquisadora Mariangela Hungria, da Embrapa Soja. Isso porque para produzir 1 tonelada de soja são necessários cerca de 80 kg de nitrogênio. Esse nutriente é o mais requerido pela cultura e pode ser obtido gratuitamente na natureza, por meio de algumas bactérias do gênero Bradyrhizobium (risóbios). De acordo com a pesquisadora, essas bactérias são capazes de capturar o nitrogênio da atmosfera e transformá-lo em fertilizante para as plantas. A fixação biológica do nitrogênio dispensa a utilização de fertilizantes nitrogenados; produtos que além de aumentar os custos de produção, podem ser prejudiciais ao ambiente. Os estudos confirmaram que a reinoculação anual da soja proporciona um incremento médio no rendimento de grãos de 8,4% em relação às áreas que não são inoculadas anualmente.

PROGRAMAÇÃO DE PALESTRAS NO TECNOSHOW

Dia 13, Casa da Embrapa

11h – Manejo de Plantas Daninhas Resistentes nos Sistemas de Produção Pesquisador da Embrapa Soja, Fernando Adegas

13h30 – Manejo de Plantas Daninhas Resistentes nos Sistemas de Produção – Pesquisador da Embrapa Soja, Fernando Adegas

Dia 14, Casa da Embrapa

9h – Manejo de doenças da soja,

Pesquisador da Embrapa Soja, Maurício Meyer

10h – Manejo de doenças da soja,

Pesquisador da Embrapa Soja, Maurício Meyer

15h – Qualidade de grãos de soja no Estado de Goiás

Pesquisador da Embrapa Soja, Irineu Lorini

16h30 – Manejo do solo para alta rentabilidade

Pesquisador da Embrapa Soja, José Salvador Foloni

Dia 14, no Auditório II (Comigo):

11h – Manejo do solo para alta rentabilidade

Pesquisador da Embrapa Soja, José Salvador Foloni

17h – Manejo de doenças da soja,

Pesquisador da Embrapa Soja, Mauricio Meyer

Fonte: Embrapa

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