07/04/2016 10h53 – Atualizado em 07/04/2016 10h53
O volume apontado com certeza não foi atingido, pois a demanda – como é típico desse período – mostrou-se recessiva. Considerado, porém, o volume de pintos de corte alojado entre a segunda quinzena de dezembro de 2015 e a primeira quinzena de janeiro de 2016, o potencial de produção de carne de frango de fevereiro passado girou em torno de 1,116 milhão de toneladas, aumentando cerca de 8% em relação ao estimado para o mesmo mês de 2015.
O índice de expansão registrado soa absurdamente elevado se levado em conta que, além da baixa procura normalmente observada a cada novo início de ano (as férias se estendem até fevereiro), o consumidor enfrenta sérias dificuldades econômicas.
Mas, neste caso, é importante lembrar que o ano é bissexto e que fevereiro teve um dia a mais que em 2015. Assim, o aumento real cai para 4,27% – bem mais palatável, no entanto ainda elevado para o momento econômico brasileiro.
O mesmo raciocínio anterior é aplicável à produção do bimestre. Nominalmente, o potencial do período aumentou quase 6%. Porém, em termos reais – isto é, pela média diária – o incremento cai para perto de 4%.
É interessante notar que, pelo conceito da produção diária, o potencial do primeiro bimestre de 2016 foi ligeiramente superior (+1%) ao do último bimestre de 2015, o de maior consumo no ano.
A ocorrência desse adicional logo no primeiro bimestre do ano – o de menor consumo de cada exercício – ajuda a explicar os baixos preços do frango em boa parte de fevereiro. Ainda que o potencial pleno de produção não tenha sido alcançado.