08/04/2016 11h42 – Atualizado em 08/04/2016 11h42
Maior qualidade de aplicação, economia de produto e melhor eficiência na operação. Essas são algumas das vantagens que a tecnologia de pulverização eletrostática apresenta em relação a outras formas de aplicação de herbicidas, fungicidas e inseticidas. A tecnologia aprimorada pela Embrapa Meio Ambiente será apresentada aos produtores mato-grossenses no próximo dia 15 de abril, durante o 6º Dia de Campo sobre Sistemas Integrados de Produção Agropecuária que a Embrapa Agrossilvipastoril promove em conjunto com o sistema Famato/Senar e parceiros.
O evento será realizado no Sítio Tecnológico da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT), a partir das 7h30. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas de maneira antecipada no sitewww.embrapa.br/agrossilvipastoril.
Pulverizador Eletrostático
O bico pulverizador pneumático eletrostático será apresentado pelo idealizador do invento e pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Aldemar Chaim, em uma das quatro estações de campo.
Este bico pode ser utilizado em pulverizadores eletrostáticos transportados por tratores, em equipamentos de pulverização tipo pistola e também em equipamentos estacionários utilizados em tratamentos zootécnicos. No dia de campo, Chaim demonstrará o funcionamento de um kit eletrostático adaptado a um pulverizador costal.
Neste tipo de pulverização, uma carga elétrica estática é induzida em cada gota emitida, o que faz com que ela seja atraída pela planta que possui carga neutra. Entretanto, nas tecnologias utilizadas até então, a eletrificação só era eficiente em gotas grandes, de 100 a 200 micrômetros. A grande vantagem desta tecnologia desenvolvida pela Embrapa é que ela gera uma carga elétrica muito alta em gotas pequenas, de 40 micrômetros.
Chaim explica que o jato de ar da pulverização somado a alta carga de energia das gotas faz com que elas atinjam a planta muito rapidamente, antes mesmo de serem volatilizadas. Além disso, o fato de todas as gotas estarem com cargas elétricas de mesmo sinal faz com que haja uma repulsão entre elas. Com isso é possível atingir as plantas de maneira mais uniforme, mesmo em regiões mais escondidas, aumentando a eficiência do controle de pragas e doenças na lavoura.
Na prática, isso significa maior eficiência na pulverização, economia no uso de agrotóxicos e, consequentemente, maior eficiência no serviço de aplicação, já que a necessidade de reabastecimento do tanque é menor. Além disso, ao reduzir a quantidade de defensivos utilizados, a tecnologia traz benefícios ao meio ambiente.
De acordo com Aldemar Chaim, duas tecnologias eletrostáticas desenvolvidas pela Embrapa Meio Ambiente já foram licenciadas e estão no mercado: o pulverizador Jetbras eletrostático, da empresa Bell’s e o pulverizador pneumático eletrostático, da empresa B&D.
Programação
A pulverização eletrostática será o tema de uma das quatro estações principais do 6º Dia de Campo sobre Sistemas Integrados de Produção Agropecuária. Nas outras três serão abordados o manejo do componente florestal em sistema integração lavoura-pecuária-floresta, os novos lançamentos de plantas forrageiras da Embrapa e novas técnicas de manejo de bananeiras.
Após o circuito de estações, este dia de campo terá uma novidade com a disponibilidade de estações satélites. Isso dará ao participante a oportunidade de retornar a alguma das estações que tenha lhe despertado maior interesse para interagir com o palestrante, ou visitar quatro outras estações que não estavam no circuito inicial.
Em duas delas, sobre sorgo biomassa e feijão-caupi, será possível conhecer cultivares, sistema de produção e conversar com pesquisadores que trabalham com as culturas. Já em outras duas os visitantes poderão conhecer o projeto Rural Sustentável, que premia iniciativas sustentáveis de produtores de dez municípios de Mato Grosso, inclusive Sinop, e o projeto Plantwise, que instalou clínicas de plantas em algumas regiões do estado.
“Queremos ampliar a oferta de tecnologias no dia de campo e também dar ao participante a possibilidade de retornar àquela estação em que queira tirar mais dúvidas. Será mais um espaço de interação”, explica o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agrossilvipastoril, Flávio Fernandes Júnior.
Fonte: Embrapa