11/04/2016 12h36 – Atualizado em 11/04/2016 12h36
Em 66% dos primeiros 100 dias de 2016 (completados no último sábado, 9 de abril), o frango vivo comercializado no interior paulista operou com um mesmo preço: R$2,80/kg.
Isso ocorreu, primeiro, em janeiro. Quando, com as cotações já em retrocesso, o frango vivo permaneceu duas exatas semanas (14 dias) cotado a R$2,80/kg. Depois, a partir de 18 de fevereiro, valor que permanece até agora. E se nada mudar nesta segunda-feira, serão outros 53 dias (quase oito semanas) com a mesma cotação.
E os demais 34%, como foram? Em apenas sete dias (7%) estiveram acima do valor atual. Ou seja: nos 27 dias restantes ficaram aquém dos R$2,80/kg. E apesar deste último valor ter prevalecido em dois terços dos 100 primeiros dias de 2016, a média registrada até aqui ficou abaixo desse valor (R$2,75/kg), pois a cotação do frango vivo chegou a recuar até R$2,50/kg.
Mesmo assim, nada mal, sobretudo se considerado que essa média representa valorização de 16,5% sobre os R$2,36/kg dos primeiros 100 dias de 2015. Ou seja: superou-se a inflação. Mas o impossível de ignorar é que o resultado atual ainda é inferior ao registrado nos mesmos 100 dias de 2013, ocasião em que o valor médio do frango vivo situou-se em R$2,77/kg. Isso sem contar que o ganho atual tornou-se apenas aparente, pois foi exaurido pelo altíssimo custo da principal matéria-prima do produto.
Apenas como curiosidade, o gráfico abaixo confronta o desempenho do frango vivo de 2016 com aquele observado quatro anos atrás, em idêntico período de 2012. Os tempos mudaram, os valores mudaram, mas o comportamento é praticamente similar.
Espera-se que essa não seja uma sina típica dos anos bissextos. Pois em 2012, após uma estabilidade de 54 dias e logo depois de completados os 100 primeiros dias do ano, os preços voltaram a refluir.
Mas, por ora, quem aponta nessa direção é o mercado mineiro. Pois na sexta-feira, 8, nonagésimo nono dia do ano, o frango vivo comercializado em Minas Gerais, estável em R$2,95/kg durante 43 dias, perdeu cinco centavos de sua cotação. Ao contrário de São Paulo, onde o mercado permanece firme, o mercado mineiro está fraco e apresenta indícios de que nova baixa ainda pode ocorrer.