19/04/2016 12h06 – Atualizado em 19/04/2016 12h06
Por José Luiz Tejon Megido, Conselheiro Fiscal do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM, Comentarista da Rádio Jovem Pan.
Ataques contra o agronegócio representam o berro da insensatez. Alguns documentários e especiais jornalístico chegam ao absurdo de dizer que o Brasil será transformado num grande deserto, documentários com uma locução cadavérica, associam a atividade da agropecuária brasileira atual como uma versão do inferno de Dante.
Esses documentários chegam a falar de genocídio consentido, de leite materno contaminado, de destruição, e apontam produtores rurais como se fossem terroristas do Boko Haram.
O uso de produtos para combater pragas e doenças nos vegetais, agrotóxicos, são malhados cotidianamente nessas visões sócio críticas, ideológicas e utópicas. Eu não gosto de veneno, você não gosta de veneno; eu não gosto de remédios, ninguém gosta de remédios; ou de correr e ficar nas filas para tomar vacina contra a gripe, enfim. Mas, infelizmente eu preciso dos remédios e não há forma de produção em escala num ambiente tropical como o brasileiro onde não temos invernos, neve, sem o uso de produtos que combatam pragas e doenças nas plantas.
Qual o grande problema? A diferença entre o remédio e o veneno está na dose. Com práticas corretas e dentro da lei vigente, a ciência assegura, e a rastreabilidade já em andamento no Brasil rastreia e informa. A produção biológica é bem-vinda, produção orgânica é bem-vinda, produção da integração lavoura, pecuária e floresta é excelente, produção de agricultura de baixo carbono é ótima, práticas conservacionistas em toda forma de produzir é coisa sagrada. Já aprendemos a plantar em plantio direto, plantar capim com milho, capim com soja e tudo isso com árvores. E tem muita gente, agricultores exemplares no uso da melhor ciência com as melhores práticas sustentáveis.
Os ataques ao agronegócio são mal intencionados. São ataques de cunho sócio critico e ideológico. Para atacar as empresas, as corporações e o capitalismo atacam seus produtos, para saber devemos consultar a Embrapa, o IAC, a ESALQ/USP e outras universidades, cooperativas, o Conselho Cientifico para Agricultura Sustentável, e sim, principalmente, promover produtores rurais que fazem tudo isso muito bem feito e pagar mais para eles por isso.
O futuro do agronegócio será o de sustentabilidade intensiva, a agricultura inteligente, smart farming, a oportunidade mundial, contra os riscos planetários da fome, desertificação, produção de água, e empreendedorismo rural de todos os portes.