26/04/2016 13h34 – Atualizado em 26/04/2016 13h34
A agropecuária representa cerca de 23% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA/2015).
O crescimento do setor é reflexo do aumento da população mundial, que deve atingir cerca de 9,7 bilhões de pessoas até 2050. A previsão é que o Brasil aumente sua produção agropecuária em 40% até 2019 e de alimentos em 80% até 2050 para suprir esta demanda, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Em território de solos férteis, abundância hídrica, clima tropical, biodiversidade e vantagens diversas para o desenvolvimento de novas tecnologias, tornaram o Brasil um dos maiores produtores mundiais de alimento, com potencial para expandir sua área produtiva em 70 milhões de hectares, de acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA/2016).
Impulsionada pela demanda de alimentos de uma população crescente, em meados do século XIX, durante a revolução industrial, a necessidade de produzir mais em curto prazo foi o que influenciou a evolução tecnológica na agropecuária. No decorrer dos anos, o investimento em novos recursos tecnológicos tornou-se essencial para elevar a produtividade e a ascensão significativa da tecnologia no setor aconteceu a partir de 1970, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Mesmo com as vantagens competitivas do território brasileiro para o agronegócio, o manejo inadequado das terras utilizadas para atividades agrícolas e a devastação desencadeiam constante degradação do solo, fazendo com que os pecuaristas busquem por novas soluções estratégicas que evitem impactos no seu resultado.
De acordo com a previsão da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), nos próximos cinco anos, o Brasil será o maior produtor de carne bovina do mundo, superando o líder de mercado – Estados Unidos. Conforme a entidade, hoje, o mercado é responsável por 17% da produção total e o norte-americano 19%.
Diante deste cenário, pecuaristas buscam cada vez mais por tecnologias para que os ajudem a superar a demanda do mercado mundial. Uma das opções que muitos têm adotado é a pecuária de precisão.
Com o objetivo de aumentar sua produção de forma sustentável e ter maior controle das atividades na fazenda, Fernando Nemi Costa, engenheiro agrônomo e consultor da Costa Consultoria e do Grupo JB Pecuária, de propriedade de Jorge Ismael de Biasi Filho encontrou uma solução que superou suas expectativas em relação à produtividade do gado: o Feeder SC, fabricado pela Casale. O primeiro distribuidor de ração a pasto no mundo, equipado com GPS e balança eletrônica para programação da distribuição de ração através do exclusivo sistema GeoPec Control. “Mais conhecida como ‘pecuária de precisão’, esta tecnologia oferece ao pecuarista a oportunidade de acompanhar toda a operação de sua fazenda através de relatórios gerenciais”, explica o diretor presidente da Casale, Celso Casale.
“Logo de início, adotamos algumas medidas, como a integração lavoura – pecuária, que nos proporcionou melhor qualidade nas pastagens e na base do sistema de produção. Iniciamos a suplementação a pasto e optamos por produzir na própria fazenda, pois o custo de produção ficaria ainda mais atrativo e com qualidade superior”, relata o engenheiro agrônomo.
O processo de distribuição de ração na propriedade era todo manual e muito árduo. “Realizávamos aproximadamente 80 km por dia. Era uma operação de guerra. Não existiam máquinas adequadas e com precisão que pudessem nos proporcionar segurança e agilidade. Após a aquisição dos Feeders, diminuímos drasticamente a mão de obra na fazenda. Hoje contamos com quatro funcionários e três Feeders para realizar todo manejo alimentar de 10.500 cabeças. Reduzimos a mão de obra e melhoramos a qualidade da distribuição do trato em menos tempo e com mais precisão dos detalhes. O Feeder SC foi essencial para alavancar os resultados na fazenda”, complementa Fernando.
Para o consultor, “o futuro da pecuária vem através da adoção de tecnologias que nos permitem produzir mais em menos espaço. Para isto é fundamental o uso de máquinas de precisão com alto rendimento e durabilidade como o Feeder SC. Ainda mais nesta época de crise, resolvemos não parar de investir, mas focar em estratégias que garantem maior rentabilidade. Temos a intenção de expandir o projeto para outras fazendas do grupo”, afirma.
Motivada pela necessidade de atender as necessidades do agronegócio brasileiro com assertividade e eficiência, a Casale – reconhecida pela sua permanente inovação tecnológica apresenta durante a Agrishow o Feeder SC (foto ao lado). O equipamento transporta a ração até o cocho do pasto, distribuindo com uniformidade e reduzindo o desperdício, mantendo o pecuarista com o controle total do trato em cada lote.
A Casale busca desenvolver equipamentos de acordo com a necessidade do pecuarista, de pequeno a grande porte. “Somos capazes de criar máquinas de alta tecnologia, porque vivenciamos a real necessidade do pecuarista. Buscamos solução aplicável no campo, por isto o Feeder SC foi desenvolvido em três modelos com capacidades de 4,5, 7,5 e 20m³ (3, 5 e 14 ton), respectivamente”, completa Celso.
Apesar de existir no mercado tecnologias que aceleram o processo de produção de uma forma mais rentável, muitos pecuaristas abrem mão do sistema agropecuário intensivo, através da utilização de máquinas e implementos agrícolas e continuam utilizando o sistema agropecuário extensivo, caracterizado pela baixa produtividade e com pouco ou nenhum investimento em tecnologias. Celso afirma que, “quem não investir em tecnologia deixará de ter oportunidades para ampliar seus negócios em território brasileiro, além de se tornar uma empresa obsoleta”.