09/05/2016 11h35 – Atualizado em 09/05/2016 11h35
Os produtores de soja do Brasil já comprometeram 8% da safra que só vai começar a ser plantada em setembro deste ano. O número referente ao primeiro quadrimestre está bem à frente do registrado nesta época do ano passado, quando a venda antecipada da produção da oleaginosa alcançava 4%. O levantamento é da AgRural, que atribui a celeridade dos negócios às cotações da soja na Bolsa de Chicago, que voltaram ao patamar de US$ 10 por bushel (o equivalente a US$ 22 por saca). “O mercado disponível também foi agitado em abril, o que fez a comercialização da safra atual passar de 60% para 69% em um mês, ante 61% um ano atrás”, acrescenta a consutoria em nota.
Além da valorização do produto no mercado internacional, o dólar tem favorecido a alta nos preços da soja no Brasil e incentivado o setor a comprometer maior fatia da produção, tanto a atual como futura.
A região mais adiantada com a venda da safra nova é o Centro-Oeste. Segundo a AgRural, 12% da produção foi comprometida e tantos os contratos em reais como em dólar tiveram negócios aquecidos. “Em Mato Grosso, o preço médio para fevereiro/17 ficou em US$ 16,80 em Sorriso, com alta mensal de 9%. Em Campo Verde, a saca para fev/17 com pagamento em mar/17 saiu por R$ 71,00. No spot (disponível), essa praça teve negócios a R$ 70,00. Em Rio Verde (GO), a saca chegou a rodar por R$ 72,00 pa-ra fev/17 com pagamento em mar/17 e por R$ 70,00 nodisponível. Em Maracaju (MS), a soja para mar/17 e pagamento em abr/17 saiu por R$ 70,00. Em Dourados (MS), o preço médio no spot ficou em R$ 65,20, com alta mensal de 7%”, diz a AgRural.