18/05/2016 09h31 – Atualizado em 18/05/2016 09h31
De Sorocaba (SP), o engenheiro agronomo Henri Sako, representando a Cesb (Comitê
Estratégico Soja Brasil) trouxe um desafio: a máxima produtividade. Em sua palestra na manhã
de hoje (16) no auditório do Sindicato Rural, ele explicou como o perfil de solo contribui na
alta produtividade da soja.
Segundo ele, é possível alcançar altas produtividades acima de 90 sacas/ha. Para alcançar este
patamar, é necessário fazer a fertilização do solo abaixo de 40 centimetros com até 1 metro de
profundidade. “É importante para a expressão da produtividade”, conta. O agronomo
considerou que somente fazer isso não garantirá a alta produtividade. O resultado final é um
conjunto de práticas: é necessário acertar a cultivar, semear o solo, uma boa qualidade da
semente, acertar o balanço nutricional da planta por meio da adubação, entre outros cuidados
no manejo.
Com as práticas de calagem (aplicação do calcário), solo fofo (para que o corretivo consiga
pergolar no solo) e materia organica (rotação /braquiaria) com o tempo se corrige o solo. No
entanto, há caminhos via mecânica para encurtar. “O que levaria 30 anos no processo natural,
pode se alcançar em apenas uma safra com o equipamento adequado”. Para ele, a aquisição
de máquinas de ultima tecnologia éum investimento que vale a pena, pois garante um
aumento significativo. “Em São Paulo, áreas de 50 sacas/ha foram para 70 ou 80 sacas/ha com
a aplicação desta prática”, comemora.
Henri explica que o Sesb é uma ONG com 16 membros voluntários que desafia o setor. Ela
trabalha em conjunto com instituições de pesquisa, como a Embrapa, Fundação MS e
Fundação MT para estimular o produtor a aumentar a produtividade. “Na agricultura, tem
anos dificeis, mas podemos ir além das atividades com ações direcionadas. Estamos dispostos
a contribuir com as novas gerações da produção rural do país”, afirma.
Legenda: Auditório ficou lotado com agronomos , produtores rurais e estudantes universitários