17/06/2016 12h06 – Atualizado em 17/06/2016 12h06
Os preços da soja no Brasil atingiram novo recorde nominal devido à demanda global firme e às preocupações com o fenômeno climático La Niña, apontou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O indicador da soja Paranaguá Esalq/BM&FBovespa, referente ao grão depositado no corredor de exportação e/ou negociado na modalidade spot (pronta entrega) no Porto de Paranaguá (PR), fechou a R$ 97,61 a saca na terça-feira (14/6), patamarrecorde em termos nominais da série histórica do Cepea, iniciada em 2006.
Já em termos reais, o valor é o maior desde 24 de setembro de 2012. O maior valor real da série do Cepea, de R$ 113,91 a saca, foi observado em agosto de 2012.
O indicador soma alta de 6,36% no acumulado deste mês até o dia 14 de junho. Segundo o Cepea, a quebra na produção da Argentina e o menor processamento no país deslocaram importadores de soja para os outros dois principais produtores do grão, Estados Unidos e Brasil.
Além disso, as preocupações quanto ao impacto do fenômeno climático Lã Nina sobre a produção norte-americana têm contribuído para elevar as cotações da oleaginosa.
Os preços de farelo de soja acumulam alta de 1,8% na parcial de junho, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea. Em Campinas (SP), o farelo foi negociado a R$ 1.454,99/tonelada na terça-feira (14/6), o maior patamar nominal de toda a série do Cepea, iniciada em 1999. Em termos reais, o valor é o mais alto desde dezembro de 2013. No norte do Paraná, a tonelada do farelo já é negociada acima dos R$ 1.600,00, segundo os pesquisadores.
Fonte: Estadão Conteúdo