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La Niña teria impacto ‘moderado’ sobre culturas brasileiras, diz FCStone

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04/07/2016 11h37 – Atualizado em 04/07/2016 11h37

A INTL FCStone afirmou nesta quinta-feira (30/6) em relatório, que o impacto de um provável La Niña sobre as principais culturas agrícolas brasileiras seria “moderado”. O fenômeno consiste na diminuição da temperatura das águas superficiais do Oceano Pacífico e causa mudanças nos padrões climáticos em todo o mundo, provocando mais secas no Brasil.

“Para os grãos (soja e milho), o La Niña tenderia a ter efeitos mais intensos nos períodos de plantio e desenvolvimento das lavouras, com um clima mais seco”, destacou o estudo da consultoria.

Para a coordenadora de Inteligência de Mercado da INTL FCStone, Natália Orlovicin, esse fato poderia prejudicar o potencial produtivo do Sul do Brasil, que concentra grande parte da produção durante o verão. Já a analista Ana Luiza Lodi avaliou que partir do início de 2017 os efeitos do La Niña tendem a ser mais leves, com resultados mais difíceis de se prever sobre a safrinha do milho.

Conforme a consultoria, as expectativas para a safra 2016/2017 detrigo se encontram “mistas”. Como as janelas de plantio da Argentina e Rio Grande do Sul se abrem depois do início da semeadura no Paraná, o clima mais seco causado pela La Niña pode afetar diferentemente cada área.

“Em geral, os produtores brasileiros ficam mais animados com as projeções de menor pluviosidade no fim do ano, o que favorece a colheita”, informou a INTL FCStone.

Quanto à cana-de-açúcar, a principal região produtora, o Centro-Sul, tende a ser afetada pela redução no volume de chuvas. “Essa diminuição pode ajudar a moagem nos últimos meses da safra (se começar entre setembro e outubro) ou apenas atrapalhar o desenvolvimento da cana (se o início se der entre dezembro e janeiro)”, comentou o analista João Paulo Botelho.

Em relação ao algodão, cultivado principalmente em Mato Grosso e no extremo oeste da Bahia, a INTL FCStone diz que a fibra está localizada em regiões menos suscetíveis ao fenômeno climático.

Fonte: Estadão Conteúdo

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