18/08/2016 11h27 – Atualizado em 18/08/2016 11h27
Como indicou o mais recente levantamento da Embrapa Suínos e Aves, em julho passado o custo de produção do frango, embora inferior ao dos dois meses anteriores, ficou em R$2,91/kg, valor que significou aumento de 26,5% sobre os R$2,30/kg de um ano antes.
Mas é o detalhamento desse custo que mostra o fortíssimo impacto que a alimentação vem exercendo sobre o setor, a ponto de determinar a redução do ritmo produtivo do setor ou, mesmo, a paralisação de algumas empresas por esgotamento das condições econômicas.
Ou seja: enquanto em julho de 2015 o dispêndio com alimentação foi de R$1,50/kg por kg de frango vivo, neste ano subiu para R$2,11/kg, o que significa aumento de mais de 40% em 12 meses.
Naturalmente, não foi só a alimentação que aumentou. O custo da mão de obra subiu 7% e o do capital (juros) 25%.
Teria sido mais não fosse a redução, de pouco mais de 5%, de “outros insumos” – item importantíssimo no qual estão inclusos, entre outros, pintos de um dia, vacinas e demais medicamentos veterinários.
Com tais resultados, o peso da alimentação no custo do frango aumentou 11% (passou de 65,2% para 72,5% do total), desempenho que conduziu a uma redução de participação dos demais itens.
O peso da mão de obra, por exemplo, recuou perto de 15% (de 6,1% para 5,2%); e o item “outros insumos” teve sua participação reduzida em 25% (de 24,8% para 18,6% do total).