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MS tem dois municípios listados entre os maiores produtores de bovinos do país

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03/10/2016 13h35 – Atualizado em 03/10/2016 13h35

Mato Grosso do Sul tem dois dos 20 municípios do país com o maior rebanho bovino, Corumbá perde apenas para São Félix do Xingu (PA). O terceiro coloca no ranking nacional de cabeças de gado é o município de Ribas do Rio Pardo. Mato Grosso é o Estado com a maior criação de gado, com 13,6% do total nacional. Entre os cinco primeiros colocados, Goiás aparece em 3º e Mato Grosso do Sul em 4º, com 10,2% e 9,9% do total, respectivamente.

A população de cabeças de gado bovino em fazendas brasileiras cresceu e atingiu o recorde de 215,2 milhões de animais em 2015, com um aumento de 1,3% sobre 2014. Os dados foram divulgados ontem (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na PPM 2015 (Pesquisa da Pecuária Municipal). A criação de gado no Estado até 31 de dezembro de 2015 totalizou 21.357.398 cabeças e, conforme a pesquisa do IBGE, 1.755.101 delas são criadas em fazendas localizadas em Corumbá, saldo que coloca o município na 2ª posição da lista nacional. Logo atrás, Ribas do Rio Pardo tem 1.101.726 cabeças. O campeão nacional, São Félix do Xingu registrou um rebanho de 2.222.949 até o fim do ano passado.

No ano retrasado, Mato Grosso do Sul contava com um rebanho de 21.003.830 de cabeças, apesar do crescimento, o resultado de 2015 não foi suficiente para fazer o Estado ganhar posições no ranking nacional. Em 2014, o rebanho sul-mato-grossense também estava na 4ª posição.

O crescimento nacional em 2015 foi o maior desde 2011, revelou o IBGE, e representa aceleração após a queda causada pela seca de 2012 e a variação próxima de zero registrada em 2013 e 2014. Em uma análise regional, a população de gado cresceu mais no Norte (2,9%) e teve queda no Nordeste, com -0,9%. O Centro-Oeste teve variação de 2,1% e continua a ser a região que concentra a maior criação, com 33,8% da participação nacional. O IBGE divulgou ainda a região como a que conta com “grandes propriedades destinadas à criação de bovinos e produtores especializados, tendo clima, relevo e solo favoráveis à atividade, como também grandes plantas frigoríficas que têm impulsionado o abate em larga escala”.

Os dados fazem parte da Pesquisa da Pecuária Municipal de 2015. Ela constatou que, nos últimos anos, o Sul e o Sudeste do país têm registrado estagnação da bovinocultura de corte, enquanto a produção de bovinos tem se deslocado para o Norte. A atração é explicada em parte pelo instituto por meio dos baixos preços das terras, disponibilidade hídrica, clima favorável, incentivos governamentais e abertura de grandes plantas frigoríficas.

Rebanho bovino cresceu, mas a produção de leite está menor

O aumento do efetivo total de bovinos não se refletiu no número de vacas ordenhadas, que caiu 5,5% em 2015. Todas as regiões registraram queda dessa atividade, que teve a maior redução no Nordeste, com -9,5%. O Sudeste responde por 34,3% do número de vacas ordenhadas, e Minas Gerais tem a atividade mais forte, com 24,9% do efetivo nacional. A produção de leite teve queda em 2015, com 0,4% a menos que 2014, e caiu para 35 bilhões de litros. O Sul é o maior produtor de leite no Brasil desde 2014 e contribuiu com 35,2% da produção nacional em 2015.

A produtividade das vacas da região Sul é a maior do Brasil. Enquanto a média do país é que uma vaca produza 1.609 litros de leite por ano, no Sul a produtividade é de 2.900 litros. Em relação a 2014, houve aumento de 3,9% desse resultado. Apesar disso, Minas Gerais continua a ser o maior Estado produtor de leite do país, com 26,1% da produção nacional.

Fonte: O Estado de MS

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