01/06/2019 20h57 – Atualizado em 01/06/2019 20h57
O balcão do boi ficou fechado nesta sexta (31). Os negócios ficaram praticamente parados, com frigoríficos programados aproveitando o caso suspeito de vaca louca para ameaçarem pressão na segunda (ou até que saia conformação oficial do governo) e produtores de carona nas temperaturas mais altas, após chuvas esparsas, tentando segurar mais as vendas até o último minuto que o clima permitir.
Como também sempre se aposta no consumo pós-pagamento – o que até agora este ano praticamente não se concretizou -, os dois lados jogam com o que tem. As escalas médias vão de cinco a sete dias e os negócios têm que girar até o meio da semana para atender as necessidades da outra, mesmo que da mão para a boca.
O produtor barretense Juca Alves deu uma avaliação do momento: além de confirmar a parada nas compras do Minerva e JBS para especulação quanto ao caso da vaca louca e do clima pouco melhor para o produtor nesta semana, ele tem visto boi sobrando por conta da procura por novilhas (o aplicativo AgroBrazil deu novilha em Gastão Vidigal a R$ 144).
“Também tem muito bicho confinado antecipadamente entre janeiro e começo de fevereiro (pela seca desde dezembro) que está começando a sair agora”, complementou Alves, para quem vai ter boi de safra nmo mercado até final de junho.
As referências se repetiram, ainda que desalinhadas comparativamente, no último dia de uma semana em que o boi mais ficou estabilizado do que perdendo. Em São Paulo, variaram entre 153 a 155, respectivamente pagamento na entrega e no prazo. Tem-se nesse meio Scot e Agrifatto.
Na Radar Investimento, a estabilização ficou sobre uma base mais feia na comparação com as demais, que a empresa já notava na quarta (29), entre R$ 151 e R$ 152 à vista.
No app AgroBrazil, a fraqueza de compra e venda de hoje é vista também pela quantidade de relatos. Mas percebe-se, entre os reportados desde ontem, que houveram vários negócios em São Paulo nos R$ 155 à vista.
Presidente Prudente, Araçatuba, Altair e até em Teodoro Sampaio foram algumas dessas originações apontadas pelos usuários do app.
Várias situações entram nos negócios, além das qualificações de animais e tipo de relacionamento comprador-vendedor. Lembrando, por exemplo, que de Teodoro Sampaio, no Pontal, há dois dias o pecuarista Gesner Fonseca, de Santa Cruz do Rio Pardo, embarcou 60 bois de sua fazenda para morrerem em Bauru (Mondelli) a R$ 153.
Mesmo com a maior parte das indústrias de Barretos fora das compras, Juca Alves não viu mudanças dos R$ 153 também como havia relatado aqui há dois dias.
Nos outros estados a situação também é de estabilidade dia contra dia. Mas o viés de baixa também já foi rompido.