01/06/2019 17h13 – Atualizado em 01/06/2019 17h13
SÃO PAULO (Reuters) – A Petrobras anunciou nesta sexta-feira redução de 6% no preço médio do diesel nas refinarias, para 2,1664 reais por litro, e corte de 7,16% no da gasolina, a 1,8144 real por litro.
Os reajustes, que valem a partir de sábado, foram anunciados após os preços do petróleo Brent registrarem perda de 11% em maio e de o barril nos EUA ter caído 16% no mês, na maior queda mensal de ambos contratos futuros desde novembro.
Com a redução, o preço médio do diesel na refinaria da Petrobras é o menor desde os 2,1432 reais por litro registrados em meados de abril.
O valor da gasolina da Petrobras, que havia sido reduzido em 4,4% na semana passada, é o mais baixo desde os 1,7966 real por litro vistos em 15 de março.
Com o movimento, a Petrobras realizou a primeira redução no valor do diesel desde março.
Apesar da redução acentuada anunciada nesta sexta-feira, no ano ambos os combustíveis acumulam alta de cerca de 20 por cento, de acordo com dados da Petrobras compilados pela Reuters.
Em mensagem no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro compartilhou o anúncio dos cortes nos preços.
O presidente esteve envolvido em abril em uma polêmica sobre o preço do diesel, com a Petrobras voltando atrás em uma alta no valor do combustível após um telefonema de Bolsonaro ao presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.
Na época, o governo estava sob pressão de uma nova greve de caminhoneiros. Os motoristas se queixavam dos preços do diesel e de questões relacionadas à tabela do frete mínimo.
NAS BOMBAS
Uma semana após a Petrobras anunciar uma redução de 4,4% para a gasolina nas suas refinarias, o preço médio do combustível nas bombas do país caiu apenas 0,02%, para 4,549 reais por litro, de acordo com pesquisa semanal realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O repasse de preços da Petrobras das refinarias para as bombas não é imediato. Além disso, há margens de distribuidoras e revendedores no processo, além de questões tributárias.
No caso do diesel, a ANP apontou nesta sexta-feira um recuo de 0,03%, para 3,654 reais por litro.
No etanol hidratado, concorrente da gasolina, houve uma queda de 0,98%, para 2,917 reais por litro, em momento em que a safra de cana já concluiu o seu segundo mês, com produtores no centro-sul detectando uma queda na produção no período e forte demanda pelo biocombustível até a primeira quinzena de maio.
Nas usinas de São Paulo, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o etanol hidratado fechou esta semana em queda de 1,61%, para 1,6228 real por litro em média.
Vendas de combustíveis sobem 2,1% no 1º quadrimestre; etanol segue forte
SÃO PAULO (Reuters) – As vendas de combustíveis no Brasil somaram 44,76 bilhões de litros no primeiro quadrimestre, aumento de 2,1% ante o mesmo período de 2018, informou nesta sexta-feira a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A comercialização de diesel, o combustível mais vendido no país, somou 17,98 bilhões de litros nos primeiros quatro meses do ano, aumento de 1,6% na comparação anual, após um ligeiro crescimento em abril, para 4,65 bilhões de litros.
Já as vendas de gasolina C atingiram cerca de 12,4 bilhões de litros no primeiro quadrimestre, queda de 8,4% na comparação anual, uma vez que consumidores têm preferido o etanol, mais competitivo em parte do país.
Em abril, as vendas de gasolina apresentaram reagiram levemente ante março, mas apresentaram recuo de 5,3% na comparação anual.
As vendas de etanol hidratado, concorrente da gasolina, subiram 35,6% no primeiro quadrimestre, segundo a ANP, para 7,16 bilhões de litros.
Em abril, as vendas de etanol hidratado subiram 41,3% na comparação anual.
(Por Roberto Samora)
Fonte: Reuters