31/07/2020 14h56 – Atualizado em 31/07/2020 14h56
Por: Gazeta do Campo
Uma das cadeias produtivas que mais crescem no Brasil é a da ovinocultura. E para se ter uma carne de qualidade que atenda ao paladar dos consumidores, a atividade exige cuidados específicos com manejo reprodutivo, nutricional, de pastagem e sanitário, além da gestão da propriedade. Esses detalhes fazem parte das recomendações da equipe de Assistência Técnica e Gerencial do Senar Mato Grosso do Sul e é também o assunto da editoria Educação no Campo.
A verminose é fator determinante na causa da mortalidade de cordeiros. De acordo com a técnica de campo, Kedma Monteiro, quando as mães pastam junto com os cordeiros, eles ficam mais susceptíveis a ingestão de capim com larvas infectantes que estão presentes nas folhas das pastagens. Até os 15 dias de vida, o cordeiro é um ruminante pleno, isso quer dizer que faz ingestão do capim, mas sem absorção total das fibras, que só acontece a partir dos 45 dias de vida.
“O manejo da mamada é uma técnica sanitária que consiste em fazer a gestão das mamadas. Durante o dia a mãe fica no pasto, enquanto a cria consome ração com teores de energias e proteínas adequados para a sua categoria. No final do dia e a noite, os dois ficam juntos para a mamada. Indicamos que esse manejo aconteça até os 90 dias, a partir daí, desmamamos”, explica a técnica que lembra que o manejo precisa estar associado à aplicação de vacinas e vermifugação.
As características climáticas de Mato Grosso do Sul, como o período de estiagem, entre maio e setembro, devem ser priorizadas no planejamento. “Neste intervalo o capim naturalmente envelhece com a falta de chuva e deixa de receber hidratação, o que faz com que os teores de nutrientes sejam perdidos. O capim é essencial para o desenvolvimento dos animais, por isso, a indicação é que o produtor faça uma reserva de forrageira, que nada mais é que um banco de proteína com o que é cultivado dentro da propriedade, como por exemplo, uma leguminosa, como feijão Guandú.
A ATeG Ovinocultura, entre os meses de janeiro de 2019 e março de 2020, auxiliou os ovinocultores do estado a obter e comercializar uma produção total 199 mil quilos. São 26 municípios atendidos pela ATeG, acompanhando uma área total de 1.240 hectares destinados a criação de ovinos. Somente no ano de 2019, foram 244 visitas técnicas e aproximadamente 2.600 recomendações. Do total de vendas de animais para abate do estado, 23,6% foram por intermédio do programa de ATeG.
Por: Alexandrozinho
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul – Ellen Albuquerque