09/04/2021 17h47 – Atualizado em 09/04/2021 17h47
Por: Gazeta do Campo
No primeiro trimestre de 2021, a balança comercial de Mato Grosso do Sul alcançou superávit de US$ 583 milhões. Apesar da estabilidade no volume exportado na comparação com o ano anterior, os bons resultados em termos de faturamento se devem a valorização da moeda norte-americana frente ao real.
Em março o dólar alcançou média de R$ 5,64, o que apesar da desvalorização do mantem a competitividade dos produtos brasileiros. “De janeiro a março é comum que tenhamos um cenário de recomposição, até pelo ciclo das commodities exportadas e vemos que o dólar alto tem mantido bons resultados para o faturamento da balança comercial, apesar de gerar alta nos preços no mercado interno”, explica o secretário Jaime Verruck, titular da Semagro.
Os dados referentes a balança comercial de março de 2021 estão na Carta de Conjuntura do Mercado Externo, divulgada pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). Clique aqui para fazer o download do documento.
Com relação aos principais produtos exportados, a celulose apareceu como primeiro produto na pauta de exportações em março, com 24,99% do total exportado em termos do valor, e com diminuição de 31,76% em relação ao mesmo período no ano passado. Em relação ao volume houve diminuição de 14,91%.
O segundo produto da pauta foi ocupado pelo produto soja em grão, com 23,69% de participação, com diminuição em termos de valor de 1,17% em relação ao primeiro trimestre de 2020. Em termos de volume, houve diminuição de 17,36%, sugerindo que a queda de 1,17% foi devida principalmente a queda no volume, comparado a 2020.
As exportações para a China recuaram 27,38% em relação ao primeiro bimestre do ano passado, mas o país se mantém como principal parceiro comercial de Mato Grosso do Sul, representando 35% da pauta e sendo seguida pela Argentina (6,8%) e Estados Unidos (6,6%). Em termos regionais, Três Lagoas concentra 40,16% das exportações do Estado.
“A recomposição da Argentina no último mês, retornando à segunda posição é reflexo da navegabilidade do rio Paraguai, que possibilita a exportação de grãos por Porto Murtinho e Corumbá. Além disso, a redução da participação da China é um bom sinal, de que estamos diversificando nosso produtos exportados e abrindo mercados”, destacou o secretário Jaime Verruck.
Por: Alexandro Santos
Fonte: Semagro-MS