Imagem: Gazeta do Campo
O mercado da soja deixou os ganhos tímidos de lado e voltou a subir expressivamente na Bolsa de Chicago na sessão desta sexta-feira (17). Os futuros do grão acompanham as altas fortes, mais uma vez, sendo registradas no farelo. Perto de 12h50 (Brasília), os futuros do derivado subiam mais de 2%, levando o contrato janeiro a US$ 379,60 por tonelada curta.
Desse modo, no mesmo momento, os preços da soja em grão subiam de 15,75 a 17,75 pontos nos principais contratos, com o janeiro sendo cotado a US$ 12,95, enquanto o maio e o julho já voltavam a operar na casa dos US$ 13,00 por bushel.
O mercado permanece muito atento ao clima na América do Sul e às previsões mostrando que os próximos dias ainda serão de pouca – ou nenhuma chuva – além de calor intenso em regiões já castigadas pelo clima adverso no sul da América do Sul.
**A preocupação com a Argentina é a que mais reflete no farelo, bem como a demanda interna norte-americana mais aquecida. **
No boletim diário do Commodity Weather Group é possível ver que os mapas seguem mostrando precipitações bem aquém da média em áreas importantes na produção de soja. E as condições deverão se manter assim até o final de dezembro.
O estresse hídrico, ainda de acordo com o CWG, deverá se intensificar e alcançar uma área ainda mais extensa no Paraguai e na Argentina. Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta sexta-feira, a sócia da DASAgro Corretora & Consultora de Agronegócios, do Paraguai, relatou perdas que já chegam a dois milhões de toneladas no Paraguai, podendo ser ainda maiores.
A corretora explica que as lavouras plantadas mais cedo, ainda em setembro, são as que mais apresentam prejuízos de desenvolvimento. Já para aquelas áreas que foram semeadas entre o final de setembro e meados de outubro, ainda é possível haver recuperação, mas para isso terá que chover no prazo antes do Natal.
O mercado também encontra suporte nesta sexta-feira em um novo anúncio do USDA (Departamento de Agricultura dos Estadios Unidos) de vendas de 132 mil toneladas de soja em grão para a China e 33 mil de óleo para a Índia.
Por: Alexandro Santos
Fonte: Notícias Agrícolas