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Paraguai encerra a pior safra de soja da história com apenas 3 milhões de toneladas
As lavouras de soja da safra 2021/22 passaram por uma seca muito severa entre os meses de dezembro de 2021 e janeiro de 2022 no Paraguai, o que resultou na pior safra de soja da história moderna do país, na visão da APS (Associação dos Produtores de Soja, Oleaginosas e Cereais do Paraguai).
Segundo o vice-presidente da APS, Karsten Friedrichsen, a expectativa inicial era de produção de 10 milhões de toneladas, mas agora, com a colheita praticamente encerrada, o volume não deve ultrapassar as 3 milhões de toneladas. Uma redução de 70% na produção diante de produtividades médias de 16 sacas por hectare e picos registrados de 26 sc/ha.
O plantio da segunda safra de milho a partir de janeiro também foi prejudicado por esta estiagem, que só foi ver chuvas abundantes e espalhadas por todas as regiões produtoras, depois de outubro de 21, em 11 de março de 22.
Mesmo assim, a área cultivada foi recorde com 1 milhão de hectares cultivados e condições gerais, até o momento, aceitáveis na avaliação da Associação, mesmo que algumas áreas do país tenham sofrido mais com a falta de chuvas.
Já a safrinha de soja teve redução de área plantada, com apenas 300 ou 400 mil hectares ao longo do Paraguai. A liderança enxerga esta como a grande esperança dos produtores em produzir sementes para a próxima temporada 2022/23 e conseguir cumprir alguns dos contratos que ficaram para trás.
O vice-presidente desta que muitos negócios já tinham sido fechados antecipadamente com a tonelada da soja cotada à US$ 420,00, mas não houve como cumprir esses contratos e os produtores ficaram com dívidas nos bancos, empresas de insumos e traders.
Essa situação também já prejudica o planejamento para o próximo ciclo da soja 22/23 com a impossibilidade de adquirir insumos, ainda mais diante das enormes altas de preços. Friedrichsen acredita que a opção será por poupar recursos e administrar o uso de fertilizantes para plantar a soja em condições mínimas de produtividade.
Por: Alexandro Santos
Fonte: Notícias Agrícolas