Chicago também subiu de olho na seca da Argentina.
A segunda-feira (30) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando as primeiras movimentações positivas pela primeira vez nos últimos 11 pregões da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 86,50 e R$ 89,26.
O vencimento março/23 foi cotado à R$ 88,86 com alta de 1,15%, o maio/23 valeu R$ 89,26 com valorização de 1,21%, o julho/23 era negociado por R$ 86,66 com elevação de 0,74% e o setembro/23 teve valor de R$ 86,50 com ganho de 1,04%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os grandes compradores estão esperando o milho do balcão, conforme a colheita da safra verão avança, mas como houve chuvas neste final de semana, que paralisaram as atividades em muitas regiões, houve uma redução na oferta de milho no mercado.
Já No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho mais recuou do que avançou neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as únicas valorizações apareceram em Castro/PR e Brasília/DF. Já as desvalorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Tangará da Serra/MT e Campo Novo do Parecis/MT.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “o milho encerrou a sexta-feira estável, sendo comercializado na média de R$ 85,00/sc em Campinas/SP, com o mercado atento a colheita dos grãos e demanda”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, “com a colheita da safra verão avançando nas principais regiões do Brasil e a semeadura da segunda temporada começando, a expectativa de agentes do setor é de aumento na oferta de milho no spot nacional”.
Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário mantém compradores afastados do spot e os preços do cereal em queda. “Já nos portos, o ritmo de negócios envolvendo milho para exportação diminuiu na semana passada, mas os embarques brasileiros seguem elevados, refletindo os fechamentos realizados em períodos anteriores”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também encerrou as atividades desta segunda-feira contabilizando movimentações positivas para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,83 com alta de 0,75 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,81 com elevação de 1,25 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,67 com ganho de 1,75 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 6,05 com valorização de 2,00 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (27), de 0,15% para o maio/23, de 0,30% para o julho/23 e de 0,33% para o setembro/23, além de estabilidade para o março/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros do milho subiram nesta segunda-feira impulsionados pela preocupação de que as safras afetadas pela seca na Argentina possam enfrentar mais tempo seco.
“Os grãos estão de olho no clima do sul do Brasil e da Argentina, que está secando novamente”, disse à Reuters, Jack Scoville, analista de mercado do The Price Futures Group.
A publicação destaca que as condições de seca em toda a Argentina continuam prejudicando a produção de soja na Argentina, já que as previsões novamente se tornam secas, apesar das chuvas recentes que ajudaram nas condições da safra.