Relatos apontam que havia oito médicos para trabalhar em 34 pontos; também foi destacado avanço da malária.
Documentos mostra que técnicos do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI) relataram em dezembro de 2022 que não possuíam pessoal suficiente para atuar contra a desnutrição na terra indígena, que vive crise humanitária.
Além disso, os profissionais relataram que só tinham oito médicos para trabalhar em 34 pontos, também denunciando a exploração sexual de mulheres e adolescentes na região.
Os DSEI são as áreas de gestão e execução do Sistema Único de Saúde (SUS) em territórios indígenas.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, afirmou que o distrito será alvo de uma intervenção federal. Além disso, a representação da Funai em Roraima também terá um interventor, como forma de garantir que seja dada uma resposta mais rápida às ações do governo para resolver a crise.
Em uma reunião no final do ano passado, técnicos do DSEI Yanomami reportaram vários problemas no território, como a falta de pessoas para trabalhar na execução do plano de combate à fome, a existência de apenas oito médicos para trabalhar em 34 postos, a falta de apoio aéreo para remoção de pacientes, avanço da malária e denúncias de exploração sexual de mulheres e adolescentes.
Os problemas relatados em documentos, são mais uma prova de como diversas autoridades dos governos federal e estadual sabiam dos problemas graves que acometeram os indígenas.
A intervenção no DSEI Yanomami havia sido pedida pelo Ministério Público Federal em novembro de 2022 devido a denúncias de desvio de recursos públicos para compra de medicamentos.
Fonte: CNN