Sem rusgas
Quem estava torcendo pela queda de Nelsinho Trad do comando do PSD em Mato Grosso do Sul quebrou a cara. O senador está mais forte do que nunca na direção do partido. Há dias, recebeu ligação do presidente da executiva nacional, Gilberto Kassab, garantindo sua permanência. O ‘fogo amigo’ pedia a degola do parlamentar por ter votado e feito campanha para o seu colega potiguar Rogério Marinho (PL-RN), na disputa pela presidência do Senado, contra o correligionário Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reeleito para o cargo.
Namoro
Em meio ao, digamos assim, ato de ‘caça às bruxas’ nos quadros do PSD após a eleição da Mesa Diretora, Nelsinho Trad estaria de bagagem pronta para embarcar no PP a convite da senadora sul-mato-grossense, Tereza Cristina (MS). No entanto, as articulações da progressista não prosperaram. Apesar disso, os dois parlamentares vivem de braços a abraços tanto no plenário quanto no salão Azul do Senado. Quem sabe a adesão não ocorra no futuro.
Ressaca
Garante o colega e conterrâneo Cláudio Humberto, em sua coluna no Diário do Poder, Soraya Thronicke (União-MS) aproveitou o feriadão para ir aos desfiles de escola de samba na Sapucaí, no Rio de Janeiro. Certamente, deve retornar às atividades no resto da semana com a cabeça inchada de tanto que deve ter ouvido de xingamentos de bolsonaristas. Em tempo: é que o povo não perdoa o fato de a senadora ter traído o ex-presidente depois de se eleger na sombra de sua estrutura de campanha em 2018.
Dois em um
Para fugir da cláusula de barreira imposta pela legislação eleitoral, o PTB e o Patriota decidiram se unir e fazer acordo de fusão. Eles aguardam apenas a homologação do TSE para tornar o novo partido oficial, o que deve acontecer em março. Com o processo de fusão, eles vão dar lugar a uma nova legenda, o Mais Brasil, que terá como número de urna o 25 – atualmente o PTB usa o número 14, e o Patriota, o 51. As duas siglas decidiram se juntar logo após o primeiro turno das eleições de 2022, quando não atingiram sozinhas o número mínimo de parlamentares eleitos na Câmara nem a votação mínima exigida para superar a cláusula de desempenho. Em MS, o ex-senador Delcídio do Amaral, presidente do PTB, garante que vai ficar na nova legenda.
Frigideira
O alagoano Arthur Lira (PP-AL) afirmou que não vê “nenhuma possibilidade” do Congresso Nacional aprovar alguma mudança na independência do Banco Central. O presidente da Câmara dos Deputados é tido como o “pai” do projeto que garantiu a autonomia do BC. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, está sob fritura do presidente Lula e aliados do Partido dos Trabalhadores, que criticam a taxa de juros brasileira.