Agilidade e adaptação ao clima tornam a raça como alternativa para esportes equestres e lida nas fazendas.
O Cavalo Crioulo vem caindo no gosto dos criadores baianos. Em recente gira técnica realizada pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) no Estado, se constatou o grande interesse na busca por animais de qualidade genética e com adaptação ao clima do Sertão Nordestino.
Um exemplo é o criador Maurício Lima, que recentemente iniciou sua criação no município de Ipirá, localizado no Centro Norte Baiano. Ele conta que o seu primeiro contato com a raça foi ainda adolescente. Anos depois, quando teve a oportunidade, fez o investimento em animais vindos do Rio Grande do Sul. “Eu montei esse cavalo, gostei e ficou na minha mente este contato. Passaram-se 30 anos e voltei a estar com uma propriedade rural na Caatinga baiana e veio aquela vontade de buscar esse cavalo”, recorda.
Participante de cavalgadas, Lima decidiu, para entender melhor os manejos e a doma, levar ajuda de um domador do Sul, Nei Lima, para auxiliar os trabalhadores da sua propriedade. “Esse curso contou com cerca de 30 pessoas e elas ficaram apaixonadas pela agilidade e versatilidade do animal. Foram pessoas que domam e montam, além de pessoas da vaquejada. E foi muito rica essa troca”, observa.
Lima salienta também que os animais tiveram uma boa adaptação ao clima e as crias que já nasceram desta criação apresentam qualidade. “É um animal forte e se adapta muito bem”, destaca, enfatizando ainda que o projeto é fazer a raça ser vista entre os criadores e usuários do cavalo na região. “Aqui tem uma cultura do cavalo muito forte. Temos várias provas equestres onde o Crioulo pode entrar, então queremos ser uma referência da raça na Bahia e no Nordeste de animais rústicos, criados à campo, para ir às provas funcionais e para a lida no trabalho do nordestino”, complementa.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC)