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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Com R$ 2,5 milhões da União, Governo de MS vai intensificar ações de combate à gripe aviária

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Mato Grosso do Sul deverá receber quase R$ 2,5 milhões da Medida Provisória (MP) 1.177/2023, que abre crédito extraordinário de R$ 200 milhões no Orçamento de 2023 para combater a gripe aviária. A MP foi aprovada no Senado na terça-feira (3). Os recursos estão sendo usados pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária. A MP já foi aprovada na Câmara dos Deputados e será agora encaminhada à promulgação.

“Esse recurso beneficia Mato Grosso do Sul, porque esses R$ 2,5 milhões serão direcionados justamente para as áreas de emergência. Tivemos a ocorrência de um foco em Mato Grosso do Sul, que foi totalmente controlado, graças a um planejamento estratégico das ações da Iagro, em conjunto com o Mapa. Agora, com esse recurso, nossas ações vão ser direcionadas para intensificar esse trabalho e contribuir para o afastamento da gripe aviária no Estado”, afirmou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

De acordo com Daniel Ingold, diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) órgão vinculado à Semadesc “esses recursos, juntamente com os esforços da equipe da Iagro, viabilizam a intensificação de nossos trabalhos no combate à gripe aviária em Mato Grosso do Sul. Estamos comprometidos em proteger nossa avicultura e garantir a segurança dos alimentos da população. Essa cooperação com o Ministério da Agricultura é fundamental para alcançarmos esse objetivo”.

O diretor-presidente da Iagro informou ainda que no planejamento de utilização desse novo recurso do governo federal “estão incluídas ações de prevenção, uma coisa muito importante em relação a todo esse planejamento, a reação de combate, propriamente dito, à gripe aviária, nossa equipe toda que envolve diárias, despesas de materiais, e a parte de coleta e capacitação do grupo especial de atendimento à emergência, que é o GEASE. Isso é uma coisa de tempo muito importante nesse momento, visando uma ação efetiva com a possibilidade de entrada de outra e outro foco aqui no Estado”.

Trabalho conjunto

A medida provisória foi elaborada em conjunto com os Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente e Mudança do Clima; com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); e com a Defesa Civil, além de órgãos estaduais. A proposição foi editada no início de junho, quando foi confirmado foco da gripe aviária em Ubatuba (SP), na ave silvestre trinta-réis-real. Outros casos já haviam sido confirmados no Rio de Janeiro, no Espírito Santo e no Rio Grande do Sul.

Até 27 de setembro, data de aprovação da MP na Câmara, já haviam sido registrados, de acordo com o Ministério da Agricultura, 110 casos de gripe aviária no país. Desses, 107 foram detectados em aves migratórias e apenas 3 em aves de criação, usadas para a alimentação dos proprietários. Não houve nenhum caso em aves direcionadas ao comércio e, por esse motivo, a pasta informa que não há risco ao consumo ou à exportação de produtos avícolas.

O dinheiro liberado pela medida provisória serve para pagar o deslocamento de equipes do serviço veterinário oficial e da vigilância agropecuária internacional, e de outras equipes que sejam necessárias, como bombeiros, defesa civil e Exército.

Os recursos também podem ser usados para contratar mão de obra para os serviços de desinfecção e para a compra de equipamentos de proteção individual, materiais para coleta de amostras, desinfetantes, lonas e bombas pulverizadoras.

Outra finalidade do crédito extra é a construção de rodolúvios e arcolúvios. Esses equipamentos pulverizam sanitizante diluído em água para higienização externa de veículos, a fim de conter o vírus. Na Comissão Mista de Orçamento (CMO), que analisou previamente a MP, o texto teve como relator o deputado Sérgio Souza (MDB-PR) e, como relator-revisor, o senador Wilder Morais (PL-GO). Três emendas apresentadas ao colegiado foram rejeitadas.

Com informações da Agência Câmara: Rosana Siqueira e Marcelo Armôa

Foto: Saul Schramm

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