O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, visitou nesta sexta-feira o complexo industrial da JBS em Lins, interior de São Paulo, para discutir oportunidades de aumento de produtividade na indústria de alimentos e um projeto para que a JBS contrate trabalhadores com o auxílio do SINE (Sistema Nacional de Empregos), na Plataforma Emprega Brasil.
“Com a nossa parceria, a JBS contará com a qualificação e a capacitação de mão de obra dos colaboradores, por meio do auxílio do SINE, que será muito importante para os trabalhadores”, comentou Marinho. “O programa entrevista 150 mil pessoas por ano, que é a média do que a JBS entrevista, e o SINE ajudará a melhorar o acesso das classes D e E a essas possibilidades de vagas. Ele funciona como um trabalho de capacitação e intermediação para apresentar os perfis que combinam com o que as empresas esperam”, analisou.
Maior empregadora do País, a JBS tem hoje 152 mil colaboradores diretos em todas as regiões. Somente no complexo de Lins, são 8,1 mil funcionários. “A parceria com o MTE pode nos dar mais velocidade e acesso a um banco muito mais amplo de candidatos”, afirma Gilberto Xandó, CEO da JBS Brasil.
A crescente demanda por mão de obra decorrente dos investimentos da JBS em expansão fez da Companhia a maior empregadora do Brasil. Somente entre janeiro e agosto deste ano a empresa gerou 7.000 novas vagas de emprego, o que representa aumento de 5% em relação a dezembro de 2022. Tem, ainda, 5 mil vagas abertas em todas as regiões do Brasil.
Durante a visita, o ministro Luiz Marinho comentou sobre a dimensão da unidade de Lins e o benefício do convênio com a Companhia para a sociedade. “Resolvi visitar a unidade porque é muito completa. Aqui é possível compreender que do boi nasce o sabonete, por exemplo, e diversos produtos agregados. É um complexo industrial bastante amplo, com metalúrgica e gráfica, que é muito interessante de visitar”, pontuou.
Umas das maiores operações da JBS no Brasil, o Complexo Industrial de Lins, além de abrigar a produção de carne bovina in natura e alimentos preparados bovinos, é referência em economia circular na cadeia da indústria brasileira, fabricando produtos de alto valor agregado, como couro, biodiesel, colágeno, sabonetes e fertilizantes. Também se destaca pela forte atuação na reciclagem de plástico e alumínio, produzindo novos produtos sustentáveis e embalagens de alumínios para desodorantes e aerossóis.
O ministro defendeu, ainda, que o governo precisa garantir a segurança e a proteção da força de trabalho do país. “Trabalhamos para garantir, entre outros pontos, proteção aos trabalhadores, mas, acima de tudo, buscamos criar condições para a indústria brasileira poder competir internacionalmente. Para isso, o governo precisa acompanhar e buscar aperfeiçoar todos os pontos quando há possibilidade de aperfeiçoamento”, afirmou.
O aumento de produtividade na indústria de alimentos brasileira vai gerar novos empregos. “Nossos estudos indicam que modernizar os processos industriais traria ganhos de produtividade para o país e consequentemente ainda mais oportunidade de gerar novos postos de trabalho nas regiões onde operamos”, destaca Xandó.
Estudo recente produzido pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) via Nereus (Núcleo de Economia Regional e Urbana da Universidade de São Paulo) mostrou que a JBS e as cadeias produtivas ligadas a ela no Brasil movimentaram, em 2021, 2,10% do PIB e contribuíram para a geração de 2,73% dos empregos do País.
Fonte: JBS