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domingo, 24 de novembro de 2024
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Além de frear o desmatamento, mercado de carbono oferece segurança financeira ao proprietário rural

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Com projetos REDD+ a climate tech brCarbon atua diretamente no combate ao desmatamento na Amazônia, importante aliado na corrida contra o aquecimento global.

O Brasil vive uma corrida contra o tempo para frear o desmatamento na Amazônia, apontado pelo Observatório do Clima como a grande esperança para se cumprir a meta de redução de 48% das emissões de gases de efeito estufa, até 2025 (em relação ao ano de 2005), segundo a Contribuição Nacional Determinada (NDC), divulgada às vésperas da COP 28. Isso significa cortar a emissão de cerca de 1 bilhão de toneladas de CO2, em comparação com 2021, chegando ao limite de 1,34 GtCO2e. 

Em junho, o presidente Lula já havia lançado o desafio de zerar o desmatamento até 2030. Quase 20% da área original da Amazônia  foi desmatada e diferentes estudos apontam que a floresta está próxima de atingir o seu ponto de não retorno, iniciando um processo de savanização da floresta tropical úmida. Entre outros impactos, isso mudaria o regime de chuvas na América do Sul, podendo gerar novas áreas de desertificação no Brasil. 

Os chamados projetos REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal) se mostram uma importante ferramenta no desafio de zerar o desmatamento ilegal e reduzir o desmatamento de áreas excedentes à Reserva Legal. Segundo relatório do Sistema de Estimativa de Emissão de Gases (SEEG), de 2022, 49% das emissões anuais do Brasil são geradas por mudanças no uso da terra e florestas. 

Um dos modelos de REDD+ é o APD (Desmatamento Planejado Evitado), no qual os proprietários rurais abrem mão de usar áreas autorizadas à supressão da vegetação excedentes à Reserva Legal, para agricultura ou pecuária, e comprometem-se a mantê-las conservadas por 30 anos ou mais, gerando créditos para serem comercializados no mercado de carbono. Bruno Machado é proprietário rural em Paragominas (PA) e acredita que aderir ao mercado de carbono é um ótimo negócio para quem possui terras junto à floresta. “Quanto mais diversificamos nossas fontes de renda dentro do negócio, mais segurança financeira teremos. Dentro da nossa propriedade passamos a ter pecuária, reflorestamento de eucalipto, projeto de manejo e o projeto de carbono. Sendo que o projeto de carbono, com menor investimento, é o que apresenta menos riscos e será uma das maiores rentabilidades da fazenda”, afirma. 

Bruno participa do projeto Brazilian Amazon, da climate tech brCarbon. “O que pesou na minha escolha de fazer parte desse projeto foi a rentabilidade que o mercado de carbono oferece sem ter que desmatar”, explica. Ao todo, o projeto abrange aproximadamente 40 mil hectares de floresta amazônica preservados nos estados do Acre, Amazonas, Pará e Mato Grosso. Atualmente, o projeto gera benefícios para 70 famílias tradicionais ribeirinhas e contribui para a manutenção da biodiversidade local com mais de 800 espécies da fauna monitoradas. 

“Os projetos de REDD+ APD conseguem efetivamente evidenciar a real intenção do desmatamento, sendo capaz de proporcionar uma linha de base segura e verificável, não afetada pelas atuais atualizações metodológicas de REDD+ em curso na Verra” explica o CEO da brCarbon, Bruno Matta.

Outra barreira no combate ao desmatamento que os projetos REED+ ajudam a derrubar é o alto custo para manter a reserva legal em pé, evitando o desmatamento ilegal de áreas de preservação, como áreas de Reserva Legal, Áreas de Preservação Permanente (APP) e Unidades de Conservação (UC). “Com o modelo AUD (Desmatamento Não Planejado Evitado), o recurso gerado na comercialização de créditos de carbono ajuda a custear os gastos do proprietário para manter a floresta em pé, garantindo a conformidade com a lei”, comenta Matta. A brCarbon possui quatro projetos do tipo em desenvolvimento nos estados do Pará, Amazonas e Acre. 

A tecnologia contra o desmatamento

Para garantir a cobertura de uma área muito maior em menos tempo, a climate tech brasileira, brCarbon, utiliza um drone equipado com sensor LiDAR que traz agilidade ao processo de mensuração florestal. A tecnologia LiDAR proporciona maior acurácia para mensuração, reporte e verificação dos estoques de carbono florestal, trazendo maior credibilidade e transparência ao processo.

Além disso, plataformas digitais de monitoramento, baseadas em imagens de satélites, e um sistema de alertas automatizado permitem o monitoramento e a rápida identificação de focos de desmatamento, degradação e incêndios florestais nas áreas dos projetos. 

Fonte: Primeira Via Comunicação

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