Durante a última semana, o mercado de boi gordo registrou uma diminuição nos preços devido à abundante oferta de fêmeas na região centro-norte do Brasil. Essa condição favoreceu os frigoríficos, que conseguiram manter escalas de abate confortáveis.
De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, para o curto prazo ainda se espera uma continuidade das tentativas de compra por parte dos frigoríficos por preços mais baixos. “Nem mesmo a entrada dos salários na economia e a potencial melhora dos preços da carne no atacado parece ser suficiente para motivar a recuperação dos preços da arroba no atual ambiente de negócios”, pontua.
Por outro lado, a possibilidade do pecuarista em cadenciar o ritmo dos negócios, diante das boas condições do pasto, limita um maior movimento de queda na arroba do boi gordo.
Os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 7 de março:
- São Paulo (Capital) – R$ 225,00 a arroba, queda de 2,17% frente ao valor praticado na semana passada, de R$ 230,00.
- Goiás (Goiânia) – R$ 215,00 a arroba, contra R$ 218,00 no fechamento da última semana, baixa de 1,38%.
- Minas Gerais (Uberaba) – R$ 225,00 a arroba, recuo de 217% na comparação com o fechamento da semana passada, de R$ 230,00.
- Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 220,00 a arroba, estável na comparação com a semana anterior.
- Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 209,00 a arroba, baixa de 0,48% frente aos R$ 210,00 da última semana.
Atacado
Iglesias ressalta que o mercado atacadista apresentou preços mais altos ao longo da semana. O ambiente de negócios ainda sugere uma continuidade do movimento no curto prazo, considerando a entrada dos salários na economia como um fator motivador para a reposição entre o atacado e o varejo.
O quarto traseiro foi precificado a R$ 18,50 por quilo, aumento de 2,78% frente aos R$ 18,00 por quilo da semana passada. O quarto dianteiro subiu 1,56%, passando de R$ 12,80 por quilo para R$ 13,00 por quilo.
Exportações
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 810,823 milhões em fevereiro (19 dias úteis), com média diária de US$ 42,674 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 179,119 mil toneladas, com média diária de 9,427 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.526,70.
Em relação a fevereiro de 2023, houve alta de 32,2% no valor médio diário da exportação, ganho de 41,7% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 6,7% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Fonte: Agência SAFRAS