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domingo, 24 de novembro de 2024
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Preços do boi gordo sobem em abril com redução da oferta

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Estratégia de retenção no campo eleva valor da arroba, mas cenário deve mudar em maio.

O preço da arroba do boi gordo aumentou em grande parte do Brasil durante o mês de abril, impulsionado pela estratégia de retenção de oferta de gado no pasto, facilitada pelo bom volume de chuvas. A informação é do analista Fernando Iglesias, da Safras & Mercado. Segundo ele, as condições climáticas permitiram que os pecuaristas mantivessem o gado no campo por mais tempo, o que ajudou a elevar os preços.

No entanto, Iglesias alerta que essa tendência pode se inverter em maio, quando o clima deve desempenhar um papel significativo na formação dos preços. A diminuição das chuvas e o aumento das temperaturas no Centro-Norte do Brasil podem desgastar as pastagens, forçando os pecuaristas a vender mais animais, pressionando os preços para baixo.

O resultado dessa retenção de oferta em abril pode ser visto nos preços da arroba do boi gordo nas principais praças de comercialização do país:

  • São Paulo (Capital): R$ 233,00 a arroba, alta de 3,56% em relação ao fechamento de março, que foi de R$ 225,00.
  • Goiás (Goiânia): R$ 215,00 a arroba, inalterado na comparação com o mês anterior.
  • Minas Gerais (Uberaba): R$ 230,00 a arroba, aumento de 4,55% frente a março, quando fechou a R$ 220,00.
  • Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 225,00 a arroba, alta de 2,27% em relação ao fechamento de março, de R$ 220,00.
  • Mato Grosso (Cuiabá): R$ 220,00 a arroba, avanço de 4,76% frente aos R$ 210,00 da semana anterior.
  • Rondônia (Vilhena): R$ 192,00 a arroba, baixa de 0,52% em relação aos R$ 193,00 do encerramento de março.

No mercado atacadista, o cenário também foi positivo em abril. O quarto traseiro do boi registrou alta de 1,17%, passando de R$ 17,10 por quilo para R$ 17,30. O quarto dianteiro teve um aumento mais expressivo, subindo 5,90%, de R$ 13,20 para R$ 13,90 por quilo.

De acordo com Iglesias, os preços no atacado devem continuar em alta durante a primeira metade de maio, impulsionados pelas comemorações do Dia das Mães. A partir da segunda metade do mês, a expectativa é de um ritmo mais calmo, o que pode contribuir para uma estabilização dos preços.

As exportações de carne bovina também apresentaram um bom desempenho em abril. O Brasil exportou 203,839 mil toneladas de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada, totalizando US$ 923,343 milhões, com uma média diária de US$ 46,167 milhões. Apesar da desvalorização de 5,1% no preço médio da tonelada, houve um aumento significativo de 58,1% no valor médio diário das exportações em comparação com abril de 2023.

Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior e apontam para um cenário em que a produção de carne bovina brasileira continua desempenhando um papel importante tanto no mercado interno quanto nas exportações. Contudo, as condições climáticas e outras variáveis do mercado continuam sendo fatores a serem observados nos próximos meses.

Fonte: Portal do Agronegócio

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