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terça-feira, 22 de outubro de 2024
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Brasil se destaca como o principal impulsionador do crescimento global no mercado de bioinsumos, fomentando inovações na agricultura

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Com uma taxa anual de crescimento prevista em 16,6% até 2027/28, o país se afirma como um protagonista no uso de produtos biológicos, chamando a atenção internacional em eventos como o 1º Workshop de Inoculantes e a Biocontrol & Biostimulants LATAM.

O Brasil tem se firmando como líder mundial na adoção de bioinsumos na agricultura, com uma porcentagem significativa de seus agricultores utilizando soluções biológicas em culturas como soja, milho e cana-de-açúcar. Em 2023, o valor do mercado de bioinsumos no Brasil foi estimado em mais de R$ 6 bilhões, sendo que 80% desse total está vinculado a biodefensivos e os outros 20% a bioinoculantes. Com uma previsão de crescimento anual de 16,6% até a safra 2027/28, o Brasil representa cerca de um quarto da expansão global nesse setor, avançando entre três a quatro vezes mais rápido que regiões como Europa e Estados Unidos. A legislação brasileira, considerada uma das mais progressivas do mundo, tem sido um fator determinante para esse crescimento acelerado.

Diante desse cenário promissor, representantes de toda a América Latina se reuniram na última semana em Campinas para o 1º Workshop de Inoculantes, seguido pela conferência Biocontrol & Biostimulants LATAM. O workshop, promovido pela ANPII Bio (Associação Nacional de Promoção e Inovação da Indústria de Biológicos) em parceria com a New Ag International, teve como objetivo discutir inovações, desafios e as mais recentes tecnologias do setor. Realizado no Royal Palm Hall, o evento reuniu cerca de 70 participantes, que tiveram a oportunidade de se aprofundar em temas técnicos e de mercado relacionados aos produtos biológicos.

Inovação e Desafios no Uso de Biológicos

O workshop pré-evento contou com quatro palestras e uma mesa-redonda, com a participação de especialistas renomados como Cleber Vieira (AgroConsult), Ronaldo Dalio (Ideelab), Rodrigo Mendes (Embrapa) e Glaucia Santos (Vigna Brasil). As discussões abordaram dados de mercado, avanços científicos e novas tecnologias, além de questões regulatórias essenciais para o setor. Júlia Emanuela de Souza, Diretora de Relações Institucionais da ANPII Bio e organizadora do evento, destacou a importância do encontro: “Tivemos uma interação intensa entre líderes empresariais e especialistas em regulamentação, dados e pesquisa. Foi um momento crucial para discutir as expectativas e perspectivas do mercado de biológicos, assim como para entender a complexa interação dos microrganismos no solo e nas plantas. O setor está cada vez mais inovador e dinâmico”, afirmou.

Biocontrol & Biostimulants LATAM

Após o workshop, a conferência Biocontrol & Biostimulants LATAM seguiu nos dias 30 e 31 de julho, reunindo participantes de toda a América Latina para explorar o futuro dos biológicos no agronegócio. Um dos destaques do evento foi a apresentação de Solon Cordeiro de Araújo, conselheiro fundador da ANPII Bio, que ofereceu um panorama da evolução dos produtos biológicos no Brasil desde os anos 1960. “A adoção de inoculantes na cultura da soja, por exemplo, cresceu de 35% na década de 1980 para 85% atualmente. Além disso, houve uma ampliação significativa nas classes e formas de uso desses produtos, acompanhada por avanços na regulamentação e na qualificação técnica das equipes”, explicou Solon.

O evento, organizado pela New Ag International, sublinhou como as pesquisas com vírus, insetos, bactérias e fungos estão criando novas alternativas para a proteção e o crescimento das plantas, marcando o que muitos estão chamando de “revolução dos biológicos”.

Durante a conferência, a ANPII Bio também se destacou, recebendo em seu lounge diversos interessados e empresas do setor. Com sua atuação, a entidade reforça seu papel de liderança e inovação na indústria de biológicos no Brasil. “Nossa meta é continuar liderando e apoiando o desenvolvimento de soluções biológicas que não apenas aumentem a produtividade agrícola, mas que também promovam a sustentabilidade. Eventos como este são essenciais para compartilhar conhecimento, fomentar debates e fortalecer as parcerias que impulsionam o setor”, concluiu Solon Araújo.

Fonte: Portal do Agronegócio

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