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terça-feira, 22 de outubro de 2024
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Como Garantir que a Fazenda Permaneça na Família Diante da Indiferença das Novas Gerações

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Um especialista apresenta táticas para assegurar a continuidade dos negócios rurais, apesar do crescente desinteresse dos jovens pelo campo.

A falta de interesse das novas gerações em administrar propriedades rurais vem se tornando uma preocupação cada vez mais evidente. Um levantamento realizado pela Fundação Dom Cabral em 2021 aponta que apenas 16% das propriedades rurais no Brasil estão sob a gestão da terceira geração, enquanto apenas 1% chega à quarta. Além disso, dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) indicam uma diminuição de 13% na participação de trabalhadores com menos de 29 anos no agronegócio nos últimos 12 anos.

Fabrício Cândido Gomes de Souza, advogado especializado em direito empresarial, agrário e imobiliário, observa um aumento no número de proprietários rurais que procuram aconselhamento devido ao desinteresse de seus filhos e netos em cuidar da fazenda familiar. “É comum que nossos clientes mencionem a falta de entusiasmo dos sucessores, especialmente aqueles que se mudaram para os centros urbanos e se dedicaram a outras carreiras”, comenta Souza, CEO do escritório Celso Cândido de Souza Advogados.

Para lidar com esse desafio, Souza sugere adaptar a propriedade para tipos de negócios que não necessitam da gestão direta dos herdeiros, como arrendamentos ou aluguel de pastagem. Ele afirma que essas opções podem facilitar a manutenção da propriedade pela família.

Outra proposta apresentada por Souza é a criação de uma holding familiar que possa administrar a propriedade. Nesse modelo, os herdeiros se tornam sócios e a gestão pode ser feita por um deles ou por um gestor profissional contratado. Essa estrutura também permite estabelecer condições para a venda da propriedade e garantir sua proteção em caso de casamentos dos herdeiros, explica o advogado.

Souza destaca que a venda da propriedade rural deve ser vista como uma última opção, pois isso pode resultar na desvalorização do patrimônio construído ao longo das gerações. Ele observa que ver algo criado durante toda uma vida e que sustentou a família sendo destruído é extremamente doloroso para os fundadores.

Fonte: Portal do Agronegócio

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