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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Medicina na UCP: atrativos da qualidade no ensino e custos acessíveis

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O sonho de muitos brasileiros está se realizando, com o acesso facilitado e mensalidades mais em conta, especialmente para o curso de Medicina, que é dispendioso e tem alta concorrência no Brasil.

As alternativas são diversas, mas a excelência do ensino e os preços reduzidos se destacam como os principais atrativos da Universidade Central do Paraguai em Pedro Juan Caballero (UCP-PJC) para o curso de medicina.

Outro aspecto relevante é a ausência de vestibular para ingressar no curso, diferentemente do que ocorre no Brasil, onde a disputa é intensa.

Além disso, o custo de vida na região é inferior, permitindo que mesmo residindo lá, os estudantes consigam economizar em comparação com a realização do curso superior em seu país de origem. Outra possibilidade é que as pessoas estudem em uma cidade e morem em outra, como acontece em Mato Grosso do Sul, onde a fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero é terrestre e facilita o deslocamento diário entre os países.

Estudar em instituições de ensino superior em países vizinhos ao Brasil, como Paraguai, Bolívia e Argentina, se apresenta como uma alternativa viável para muitos brasileiros. Isso é especialmente verdadeiro em relação a cursos de Medicina, que são bastante disputados no Brasil e possuem mensalidades elevadas, enquanto nos países da região os custos são bem mais baixos.

Embora seja possível para brasileiros cursar diversas áreas do conhecimento, a Medicina é a principal escolha. No Brasil, as mensalidades em universidades particulares costumam girar em torno de R$ 10 mil, enquanto na Argentina, Bolívia e Paraguai os valores ficam entre R$ 575 e R$ 2.500, conforme a instituição.

Após completar o curso, é necessário realizar a revalidação do diploma no Brasil para que os recém-formados possam exercer a profissão de médico.

Vantagens de estudar nos países vizinhos em comparação ao Brasil

Custo de vida mais baixo

O custo de vida no Paraguai é cerca de 11% inferior ao do Brasil, com destaque para transporte (29%), alimentação (21%) e moradia (18%). Isso faz com que o país se torne uma opção financeira mais atrativa para estudantes.

Mensalidades universitárias mais acessíveis

As mensalidades das universidades particulares no Paraguai são consideravelmente menores do que as cobradas no Brasil, gerando uma economia significativa para os alunos.

Proximidade geográfica e cultural com o Brasil

A proximidade entre o Paraguai e o Brasil, especialmente na área de Pedro Juan Caballero, que faz divisa com Ponta Porã (MS), facilita a adaptação dos estudantes brasileiros. As semelhanças culturais tornam essa experiência ainda mais acolhedora.

Possibilidade de revalidar o diploma no Brasil

Após finalizar a graduação no Paraguai, os graduados têm a possibilidade de revalidar seus diplomas no Brasil através do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). Dessa forma, é viável trabalhar como médico no país após ser aprovado no exame.

Algumas universidades aceitam falantes de português

Várias instituições de ensino paraguaio aceitam alunos brasileiros sem a exigência de fluência em espanhol, o que torna o ingresso mais acessível para aqueles que não dominam o idioma.

Estudante dá dicas

Na Universidade Central do Paraguai, os estudantes estrangeiros recebem total apoio e orientação sempre que necessário ao longo de sua trajetória acadêmica.

Um exemplo é Ana Carolina Vieira, 22 anos. Natural de Tangará da Serra, Mato Grosso, ela está cursando o primeiro ano de Medicina na Universidad Central del Paraguay (UCP), em Pedro Juan Caballero, mas reside em Ponta Porã (MS).

Ela compartilha que a facilidade para se matricular e os custos mais baixos foram fatores decisivos que a levaram a escolher o país vizinho para dar início aos seus estudos.

No início, eu cursava Biomedicina em Cuiabá (MT), mas percebi que desejava algo diferente: Medicina. Contudo, havia dois obstáculos. Primeiro, minha família não tinha como arcar com os custos da graduação particular na Univag, que inicialmente era de R$ 12 mil. Além disso, eu não queria perder mais tempo, pois sei que a rotina de cursinho e vestibular é desafiadora para conseguir uma vaga na universidade pública. Assim, a opção mais viável para mim foi estudar no Paraguai.

Quanto à decisão, comentei que recebi uma indicação de uma conhecida que já estava no quinto ano e atuava como captadora. Esses alunos ajudam outros interessados ao fornecer orientações sobre como se inscrever na faculdade, desde dicas até o preenchimento dos documentos necessários.

“Inscrever-se é bastante simples, especialmente se você tiver um captador ao seu lado, que apresenta todos os documentos exigidos para a matrícula. No meu caso, fiz todo o processo enquanto ainda estava no Brasil e trouxe tudo pronto. Quando cheguei aqui, essa captadora me acompanhou até a faculdade e me deu todo o suporte necessário. Foi um processo tranquilo e descomplicado.”

Ana comenta que o maior desafio é obter um tipo de documento paraguaio, essencial para comprovar a legalidade da permanência do estudante no país, sendo também crucial para realizar o internato. A UCP oferece uma equipe dedicada a atender e orientar individualmente nessa questão.

Em relação ao custo de vida, a estudante observa que isso varia conforme o quanto cada um está disposto a investir. Se alguém optar por um lugar próximo à universidade e com mais conforto, os preços tendem a ser mais altos. Ela mesmo chegou a pagar R$ 2 mil de aluguel em um apartamento perto da instituição, considerando essa opção mais vantajosa do que utilizar transporte por aplicativo todos os dias.

Entretanto, existem muitas opções de pensionatos, quitinetes e apartamentos com preços variados para aqueles que buscam alternativas mais econômicas. Em média, as despesas mensais ficam entre R$ 2 mil e R$ 2,5 mil, incluindo mensalidades e contas de água e luz. Essa variação pode ser influenciada por diferentes fatores relacionados à localização.

Ainda assim, o custo é menor do que apenas a mensalidade em universidades particulares do Brasil. “É muito caro no Brasil, então para quem tem um sonho e quer muito vir para cá [Paraguai], compensa demais”, diz.
Ela diz ainda que há muitos brasileiros estudando no país fronteiriço. Na turma dela, há mais de 100 brasileiros e apenas um paraguaio.
Há ainda certo receio de pessoas sobre a qualidade do curso ofertado em outros países da América do Sul. Ana garante que não há nenhum tipo de problema com relação a isso, sendo o ensino e estrutura muito bons.
“A qualidade do curso me surpreendeu bastante, os professores são muito bem instruídos, tem muita didática, a faculdade em si é a melhor estrutura, tem várias sedes, centro tecnólogico, salas de microscópio, clínicas”, disse.
Com relação as dificuldades, ela relata que a maior é a distância da família. Particularmente para ela, há ainda a dificuldade de conciliar a maternidade, pois tem uma filha de 7 meses, com os estudos.
Após se formar, a pretensão é atuar como médica no Brasil.

Como se inscrever

Para se inscrever em um curso nos países vizinhos há alguns a seguir, como por exemplo:
Escolha da Universidade: Pesquise instituições reconhecidas, que possuem boa reputação e infraestrutura.

Documentação:

Prepare a documentação necessária, que geralmente inclui histórico escolar, documentos pessoais e, em alguns casos, prova de proficiência em espanhol.

Processo de Inscrição: Acesse o site da universidade escolhida (no caso da UCP o endereço é https://medicinaucp.com) e preencha o formulário de inscrição online.
Cursos de Nivelamento: Algumas universidades exigem cursos de nivelamento, que podem ter custos adicionais.

Matrícula:

Após a aprovação na inscrição, finalize a matrícula conforme as orientações da universidade.

Busque por captadores: há captadores que podem auxiliar durante todo o processo.
Verifique sempre as exigências específicas de cada instituição, pois podem variar.

Revalida

O Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) subsidia o processo de revalidação dos diplomas de médicos que se formaram no exterior e querem atuar no Brasil.

O exame é direcionado tanto aos estrangeiros formados em medicina fora do Brasil quanto aos brasileiros que se graduaram em outro país e querem exercer a profissão em sua terra natal, avaliando habilidades e conhecimentos com base nos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

O exame é composto por duas etapas – teórica e prática – e avalia competências em cinco áreas da medicina: clínica médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria, medicina da família, comunidade.

A primeira etapa inclui provas teóricas, objetiva e discursiva, enquanto na segunda fase os profissionais passam por dez estações avaliativas.

Todo o processo é fundamentado na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina e em normativas associadas, além da legislação profissional brasileira.

Esse exame é a única forma de reconhecimento de diplomas estrangeiros no Brasil, garantindo que o diploma tenha validade equivalente aos obtidos em universidades brasileiras.

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