Especialista desmistifica crenças sobre a carne bovina e ressalta sua importância na dieta humana.
A carne bovina, frequentemente vista como uma vilã, ganha novos contornos à luz das evidências científicas. Segundo Letícia Moreira, nutricionista com 18 anos de experiência e cofundadora da PRIMAL ENDURANCE, é essencial reavaliar o papel da carne na alimentação. Desde os primórdios da humanidade, há cerca de 2,6 milhões de anos, a carne tem sido um elemento central na dieta, contribuindo significativamente para o desenvolvimento cerebral humano, ao fornecer calorias de forma eficiente e nutrientes vitais.
Apesar do avanço da ciência, persiste uma quantidade considerável de desinformação sobre o consumo de carne. Letícia, especialista em dietas low carb, cetogênica e carnívora, defende a inclusão da proteína animal como parte de uma alimentação saudável, enfatizando que uma dieta baseada em alimentos frescos e minimamente processados é fundamental para a manutenção da saúde.
A seguir, são apresentados dez mitos sobre a carne vermelha, acompanhados por explicações que desmistificam cada um deles:
1. Carne não aumenta o colesterol
O consumo de carne vermelha não está relacionado ao aumento dos níveis de colesterol em indivíduos saudáveis. Segundo a nutricionista, a saúde cardiovascular é mais influenciada pela qualidade das gorduras e pela ingestão de carboidratos processados.
2, Carne não apodrece no intestino
A carne é digerida de maneira eficiente, com um tempo de digestão comparável a outros alimentos ricos em proteína, como ovos e laticínios. Estudos indicam que a carne não provoca fermentação nociva no intestino.
3. Carne não aumenta o ácido úrico
Embora a carne vermelha contenha purinas, o consumo moderado não é determinante no desenvolvimento de gota. O contexto da dieta e fatores individuais também desempenham papéis cruciais.
4. Carne não aumenta a ferritina
Apesar de ser uma fonte rica em ferro heme, o consumo regular de carne não causa elevações excessivas nos níveis de ferritina em pessoas saudáveis. A regulação do ferro pelo organismo é eficiente, e excessos são raros.
5. Carne não causa doenças renais
Estudos indicam que o consumo moderado de carne vermelha não causa doenças renais em indivíduos saudáveis. Fatores como hipertensão e diabetes têm maior impacto nesse contexto.
6. Carne pode fazer parte de uma alimentação saudável
A carne vermelha fornece proteínas de alta qualidade e nutrientes essenciais, como ferro e zinco. Ela deve ser incorporada em uma dieta equilibrada.
7. Carne não engorda
O ganho de peso resulta de um balanço calórico positivo, e a carne não é um fator isolado nesse processo. Integrada a uma dieta saudável, ela pode contribuir para a saciedade.
8. Carne é uma grande aliada dos exercícios
A proteína da carne é fundamental para a recuperação e construção muscular. A ingestão adequada após o exercício é essencial para o crescimento e recuperação muscular.
9. Carne é rica em nutrientes
A carne vermelha é uma fonte concentrada de nutrientes, incluindo proteínas, ferro, zinco e vitaminas B. A United States Department of Agriculture (USDA) destaca que 100 gramas de carne bovina são ricas em nutrientes essenciais para a saúde.
10. Carne não causa diabetes
Não há uma ligação direta entre o consumo de carne vermelha e o desenvolvimento de diabetes tipo 2. A qualidade da dieta e a quantidade de carboidratos têm maior influência nesse risco.
Verdade extra: carne brasileira tem, sim, alta qualidade!
A carne brasileira é reconhecida globalmente por sua qualidade. O Brasil cumpre rigorosos padrões de produção e sanidade, garantindo que a carne destinada ao consumo interno atenda a critérios de excelência.
Com o apoio da Connan, uma proeminente indústria de nutrição animal no Brasil, e da Fazenda Mundo Novo, especializada na seleção da raça Nelore Lemgruber, Letícia Moreira e o atleta Alessandro Medeiros estão engajados em um projeto que visa reforçar a qualidade da carne brasileira, boas práticas na pecuária de corte e a importância da proteína animal para a saúde humana.
Fonte: Portal do Agronegócio