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sexta-feira, 7 de março de 2025
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Pesquisa inovadora fornece uma visão abrangente da situação socioeconômica da agricultura familiar em Mato Grosso do Sul

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Quem são os agricultores familiares do estado? O que produzem e como se sustentam? Para responder a essas e outras questões sobre esse setor, que conta com mais de 41 mil propriedades, a Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), através da Seaf (Secretaria-Executiva de Agricultura Familiar), divulga o Estudo Socioeconômico da Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul.

O relatório foi apresentado durante a reunião regular do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável de Agricultura Familiar (Cedraf/MS), realizada no auditório da Agraer/Semadesc. Estiveram presentes o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, o deputado estadual Zeca do PT, o secretário-executivo da Seaf, Humberto de Mello, o secretário-adjunto Betão, além do diretor-presidente da Agraer, Washington Willeman.

O novo levantamento apresenta uma visão abrangente da situação do setor, identificando desafios estruturais e oportunidades para o fortalecimento da produção familiar. A publicação, elaborada pela SEAF e Agraer em colaboração com o Sebrae/MS, analisa informações sobre produção, rentabilidade, infraestrutura e políticas públicas direcionadas ao segmento.

Segundo Jaime Verruck, secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, o estudo foi apresentado hoje ao Conselho e já está acessível no site da Semadesc para as comunidades que fazem parte do setor.

“Este é um estudo crucial que iniciamos no ano passado para entender a agricultura familiar. Temos mais de 41 mil propriedades dedicadas à agricultura familiar entre as 71 mil existentes no Estado de Mato Grosso do Sul. Isso demonstra a magnitude e a grande responsabilidade que temos na formulação de políticas públicas voltadas a essa agricultura”, enfatizou Verruck.

Ele destacou que o estudo determina o tamanho dessas propriedades. “A pesquisa revelou que 85% delas possuem menos de 50 hectares. Portanto, estamos realmente tratando de pequenas propriedades que buscam seu desenvolvimento por meio da produção de alimentos e da inserção nas cadeias produtivas.” A partir desse diagnóstico, o Governo do Estado de Mato do Sul define os seus indicadores e suas principais políticas.

Dados

O estudo mostra que a agricultura familiar representa 61% dos estabelecimentos agropecuários do Estado, mas ocupa apenas 4% da área produtiva. Apesar de sua importância na produção de alimentos e na geração de empregos no campo, o setor enfrenta dificuldades como falta de assistência técnica, dificuldades de acesso ao crédito e infraestrutura precária.

Entre os principais produtos cultivados pelos agricultores familiares estão mandioca, milho e banana. Já na pecuária, o Estado se destaca na produção de leite e ovos. No entanto, a comercialização ainda é um desafio, com baixa participação dos pequenos produtores em programas governamentais como o PNAE e o PAA.

O estudo reforça a necessidade de políticas públicas mais eficazes, incluindo investimentos em infraestrutura rural, fortalecimento do cooperativismo e ampliação do acesso ao crédito e assistência técnica. Com essas ações, a agricultura familiar pode ganhar mais competitividade e contribuir ainda mais para o desenvolvimento sustentável do Estado.

“Estamos avançando nas políticas públicas mais inclusivas. Avançamos na questão de saúde, questão de escolaridade, na questão de comercialização para os produtos da agricultura familiar. Então é um importante diagnóstico socioeconômico para que possamos trabalhar tanto política, social, de crédito, de assistência técnica através da Agraer, pesquisa através das nossas instituições. Então a partir desse instrumento nós vamos direcionar recursos públicos e emendas parlamentares para que consigamos subir as grandes lacunas da agricultura familiar e, efetivamente, fazer com que possamos ampliar a renda dos produtores e melhorar a sua qualidade de vida”, concluiu.

Com informações: Comunicação Semadesc
Foto: Dionedson Terena

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