Embora a produção tenha diminuído devido a problemas climáticos, a área cultivada aumentou em 9,8%, segundo dados da SIAMIG Bioenergia.
A safra de cana-de-açúcar para 2025/26 em Minas Gerais está projetada para ser de 77,2 milhões de toneladas, uma redução de 7,1% em comparação à safra anterior (83,14 milhões de toneladas). Essa diminuição é atribuída à longa estiagem de 2024 e à quantidade insuficiente de chuvas durante o período entre safras, que afeta diretamente a produtividade agrícola, com uma queda prevista de 12,5%.
“Em que pesem os problemas climáticos na maior parte de 2024, o que impacta a produção e a produtividade da safra que se inicia, Minas Gerais contínua em crescimento, comprovado pelo aumento da área de cultivo, consolidando-se como o segundo maior estado produtor. Nossa estimativa é cultivar 1,23 milhão de hectares de cana em 25/26, contra 1,12 milhão hectares no ciclo anterior: +9,8%.”, informa Mário Campos, SIAMIG Bioenergia – Associação da Indústria da Bioenergia e do Açúcar de Minas Gerais – no evento de Abertura da Safra Mineira de Cana-de-Açúcar 2025/2026, na Usina Vale do Tijuco, da Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), em Uberaba, cujo tema central são os 50 anos do Proálcool, programa que revolucionou o mercado de energias renováveis no Brasil e se tornou exemplo para o mundo.
Apesar da redução na produção, observa-se um aumento na área plantada com cana, seguindo a tendência dos últimos anos de investimentos para expandir o cultivo em Minas Gerais. Contudo, a qualidade da matéria-prima deve ser inferior, refletindo-se na menor concentração de ATR (-2,3% por tonelada).
Outra característica da safra 2025/26 é o incremento na proporção de cana voltada à produção de açúcar, sinalizando um perfil mais açucareiro. A SIAMIG Bioenergia projeta que nesta safra haverá 52,4% destinada ao açúcar e 47,6% ao etanol. No ciclo anterior, essa proporção era equilibrada em 50,3% para açúcar e 49,7% para etanol. Em volume, serão 5,32 milhões de toneladas de açúcar e 3 bilhões de litros de etanol.