01/10/2013 11h18 – Atualizado em 01/10/2013 11h18
Cem dias depois da promessa de compra de áreas para atender a reivindicação dos índios Terenas um grupo de produtores rurais se reuniram para externar sua preocupação com a possibilidade de novos atos violentos no campo.
O grupo também denuncia o desaparecimento de animais, implementos e insumos das propriedades invadidas naquela região. Os produtores se reúnem às 14h30, na Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul).
Na semana passada, a Famasul, juntamente com a Associação dos Criadores de MS (Acrissul), enviou ofício ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, manifestando a preocupação do setor diante dos atos violentos que marcaram as invasões ocorridas na região da Reserva Buriti e de Aquidauana e do prolongamento da insegurança com os litígios de terras em Mato Grosso do Sul. “O Governo Federal tem o dever de cumprir as promessas feitas e, antes até, tem o dever de desempenhar seu papel garantindo a legalidade, cidadania e dignidade de todas as pessoas envolvidas”, afirma Riedel. O dirigente participa da reunião dos produtores.
No documento protocolado no Ministério da Justiça, as entidades ressaltam que houve onze novas invasões desde a divulgação da intenção por parte do Governo Federal de comprar as terras requisitadas pelos indígenas para ampliação das reservas no Estado e a indignação em relação ao não cumprimento das liminares reintegratórias concedidas pela Justiça.
Sobre o Sistema Famasul – O Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS) é um conjunto de entidades que dão suporte para o desenvolvimento sustentável do agronegócio e representam os interesses dos produtores rurais de Mato Grosso do Sul. É formado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar), Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS) e pelos sindicatos rurais do Estado.
O Sistema Famasul é uma das 27 entidades sindicais que integram a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Como representante do homem do campo, põe seu corpo técnico a serviço da competitividade da agropecuária, da segurança jurídica e da valorização do homem do campo. O produtor rural sustenta a cadeia do agronegócio, respondendo diretamente por 17% do PIB sul-mato-grossense.
Fonte: Famasul