A maior concentração de animais mortos é registrada no Pantanal.
A Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Vegetal) confirmou que subiu para 1.537 o número de cabeças de gado que morreram de frio em Mato Grosso do Sul, desde quarta-feira (14). O governo investiga a causa da morte de outras 219 cabeças no estado. Assista ao vídeo acima.
Ao g1, o vice-presidente da entidade disse que subiu para 1.537 o número de cabeças de gado que morreram por conta de uma onda de frio que atingiu Mato Grosso do Sul. A maior concentração de animais mortos é registrada no Pantanal. O prejuízo deve passar dos R$ 3 milhões aos produtores rurais.
No sábado (17), a Iagro foi notificada sobre a morte de outras 33 cabeças de gado em uma fazenda em Caarapó (MS), a 237 quilômetros de Campo Grande.
O mesmo aconteceu em uma propriedade de Corumbá, que notificou a morte de outras 186 cabeças de gado. Equipes da instituição estiveram nas propriedades e realizaram exames para confirmar se a causa das mortes seria por hipotermia.
Caso seja confirmada, o número de animais de diversas fases de vida, de bezerros a fêmeas, e bois adultos, mortos pelo frio no estado deve passar de 1.750.
Dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia ) mostram que na madrugada deste domingo (18), a cidade de Maracaju registrou mínima de 4,8°C, sendo a mais baixa do estado.
Especialista explica por que gado morre de frio
O diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, explica que o gado é mais adaptável ao clima quente e a queda brusca de temperatura deixa os animais mais expostos. Ingold afirma que o número de animais mortos em Mato Grosso do Sul pode ser maior.
“O que aconteceu agora é uma inversão. Os animais que estão com o corpo quente estiveram expostos a uma temperatura muito baixa. Com umidade elevada, vento e frio, fica mais difícil dos animais resistirem”, explica Ingold.