Equipe da Loc Solution/Motomco participou do lançamento da pedra fundamental da unidade de processamento de soja em MS.
De olho no mercado de exportações de produtos de soja processados, cooperativas têm feito investimentos para agregar valor ao grão. Recentemente, representantes da Loc Solution, empresa paranaense detentora da marca Motomco de medidores de umidade, participaram do lançamento da pedra fundamental para a construção da Unidade Industrial de Processamento de Soja da Copasul, em Mato Grosso.
A nova unidade, que teve investimentos de R$ 1,4 bilhão, inicia a construção este mês e a previsão é começar a operar em fevereiro de 2026.
Com capacidade de três mil toneladas de soja/dia, a indústria esmagadora vai produzir óleo bruto, farelo de soja e casca peletizada (alimentação animal). Os produtos processados serão usados para a fabricação de biodiesel, de rações e de refino de óleo, entre outros produtos.
“A construção da esmagadora de grãos será, sem dúvida, um marco para Naviraí e todo o estado do MS, além de reforçar a importância do agro para todo país. Participar deste momento com nossos parceiros é uma satisfação”, afirma o gerente de locação da Loc Solution, Odivan Bortolotto, que esteve em Naviraí, acompanhado da técnica em atendimento e locação Aline Santos de Carvalho.
De acordo com Bortolotto, o MS vem aumentando de forma considerável a quantidade de soja processada. “A cada ano o montante de farelo de soja e óleo aumenta significativamente”, diz o gerente, acrescentando que a geração de divisas proveniente das exportações de farelo e óleo do complexo soja pode atingir a marca de US$ 65,8 bilhões em 2023, segundo previsões da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
Diante deste cenário, se faz cada vez mais necessária a parceria entre a Loc Solution e a Copasul. “Estamos alinhados aos objetivos da cooperativa, e temos as melhores soluções tecnológicas em medidores de umidade de grãos para oferecer aos nossos parceiros, garantindo assim a qualidade de grãos e dos produtos processados”, afirma Bortolotto.
O gerente de novos negócios da Copasul, Egídio Tsuji, destacou que a cooperativa prima pela qualidade dos grãos. Toda produção que entra na cooperativa passa por processos de limpeza e classificação de grãos, bem como pelo controle de umidade. “Temos que ter grãos com qualidade para produzirmos óleo e farelo de qualidade”, afirma Tsuji.
Entre os cuidados com os grãos, Tsuji observa que a questão da umidade é essencial no momento da comercialização. “Se o grão chegar aqui com umidade alta, acima de 14%, não conseguimos processar. Precisamos ter grãos com umidade de 13%. Quanto mais próximo o teor de umidade chegar a percentual, menos serão os custos, tanto para a cooperativa como para o produtor”, afirma.
Segundo ele, o clima na região de Naviraí, onde está instalada a Copasul, é bastante seco e a maior parte da safra é colhida com percentual menor ou em torno de 14%. “Já ao Norte do estado temos uma safra mais úmida, o que requer uma atenção maior em relação à umidade”, acrescenta, lembrando que na maior parte das vezes é preciso usar secadores para equilibrar a umidade ao percentual desejável.
A produção da unidade esmagadora vai representar um aumento de 20% da capacidade de processamento de soja pelo MS, saindo de 14,5 mil toneladas para 17,5 mil toneladas diárias.
DUAS UNIDADES NO PARANÁ – Outros dois grupos estão investindo em esmagadoras de grãos no Paraná. A cooperativa C.Vale empreendeu R$ 1 bilhão nas obras da unidade esmagadora de grãos, que deverá processar 3.500 toneladas/dia em farelo, óleo vegetal e casca peletizada. A unidade se tornará a terceira maior esmagadora de soja do Brasil, considerando-se plantas industriais com uma única linha de produção.
Também lançou a pedra fundamental, recentemente, o Grupo Potencial para a construção da Indústria Esmagadora de Soja, na Lapa. O grupo projeta se colocar entre os líderes mundiais do setor de esmagamento com capacidade de processamento de 3,5 mil toneladas/dia, o que equivale a 1,15 milhão de toneladas de soja por ano. O grupo tem hoje a maior unidade produtora de biodiesel do Brasil e uma das maiores do mundo.
Fonte: VBComunicação