As exportações ganharam tração a partir de março.
A colheita de soja na safra 2022/23 no Brasil atingiu um recorde, de acordo com o Itaú BBA, com uma estimativa de cerca de 156 milhões de toneladas. No entanto, a comercialização dessa safra está apresentando um atraso em comparação com os últimos cinco anos. De acordo com análises de mercado, aproximadamente 20% da produção ainda não foi vendida, enquanto o padrão para este período seria ter entre 5% e 10% restante por comercializar.
“Ainda assim, o ciclo muito forte de exportação do grão, com a expectativa de embarques ao redor de 95 milhões de toneladas, vem fazendo com que mais soja que o normal seja escoada no segundo semestre do ano. As exportações ganharam tração a partir de março e atingiram o pico no mês de maio, com diminuição nos meses seguintes, porém com expectativa de volumes acima da média registrada nos últimos anos”, comenta.
As perspectivas para a exportação de farelo de soja também são extremamente positivas. O aumento na atividade de processamento de soja prevista para este ano no Brasil aumentará o suprimento desse subproduto. Isso resultará em uma maior capacidade de exportação, beneficiando especialmente a produção de carne em termos de custos.
“Os problemas enfrentados pela Argentina, com o clima seco e quente resultando em uma das piores safras de soja da história do país, abriu uma janela de oportunidade de embarques do derivado do Brasil, uma vez que os argentinos são os principais exportadores mundiais de farelo e óleo de soja. Até julho, o Brasil embarcou 13,3 milhões de toneladas de farelo, o que representa uma elevação de 8,6% sobre o mesmo período do ano passado”, conclui.
Fonte: Agrolink