A safra chegou ao fim com a colheita de 100%. Mato Grosso produziu mais milho do que soja.
De acordo com os dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o preço disponível do milho, em Mato Grosso, na semana do dia 25 de agosto, ficou cotado na média de R$ 34,23/saca, atingindo desvalorização de 44,83%, quando comparado com o mesmo período do ano passado, que estava precificado na média de R$ 62,05/sc.
“Essa queda foi motivada, principalmente, pela maior oferta do cereal disponível no mercado interno, em decorrência da expectativa de maior produção e recorde da safra 2022/23”, destacam os analistas do Imea.
Os preços em baixa reduzem o ritmo das negociações do ciclo, “que continuam atrasadas quando comparadas com o mesmo período das safras anteriores”, a movimentação registrada deriva da necessidade de abrir espaço nos armazéns.
“Dessa forma, o que deve continuar impactando as cotações do cereal, além da oferta no Estado, é o resultado da produção da safra futura (2023/24) estadunidense, além das oscilações da moeda norte-americana nos próximos meses”, completam.
A safra de milho chegou ao fim, com a colheita de 100% da safra 2022/23. Mato Grosso produziu mais milho do que soja.
Neste ano, o Estado está colhendo 51,03 milhões de toneladas (t) do cereal, ante 45,32 milhões t de soja.
Na comparação entre safras, por exemplo, essa temporada está adicionando mais de 7 milhões t frente à produção de 2021/22.
NOVO RECORDE
A agência de notícias norte-americana Bloomberg destacou o fato de o Brasil superar, após 50 anos, os Estados Unidos na exportação de milho para a China.
Com o título “Os EUA acabam de perder a coroa da exportação de milho“, a Bloomberg anunciou o fechamento do ano agrícola, no último dia 31, na Ásia.
No subtítulo, “O maior país da América Latina despachou mais na temporada de 2023 e está no caminho para fazê-lo em 2024”, a partir deste 1º de setembro. Citando dados do Departamento de Agricultura, os EUA responderam por 23% das exportações globais no ano agrícola, “muito abaixo dos 32% do Brasil “.
Fonte: Diário de Cuiabá