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domingo, 24 de novembro de 2024
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O Brasil registrou o maior volume de importações de arroz em quase duas décadas durante a safra 2023/24, de acordo com informações apresentadas na Safras Agri Week

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Desafios e perspectivas para o setor.

Na 7ª edição do evento Safras Agri Week, o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira, ressaltou que o país enfrentou um aumento significativo nas importações de arroz, atingindo números não vistos há quase 20 anos. Realizado virtualmente e de forma gratuita entre os dias 26 e 28 de março, o evento reuniu especialistas para discutir os desafios e as perspectivas do setor agrícola.

Impacto das Importações no Mercado

Oliveira destacou que houve um aumento expressivo nas importações de arroz no início do ano. Tanto em março quanto em fevereiro, o Brasil importou mais do que exportou, com as exportações totalizando 1,7 milhão de toneladas e as importações alcançando 1,6 milhão de toneladas. Esse cenário contribuiu para a queda nos preços do cereal desde o início do ano, causando preocupações no mercado interno.

Desafios Climáticos e suas Consequências

No Rio Grande do Sul, principal estado produtor de arroz do Brasil, a colheita está atrasada devido às condições climáticas desfavoráveis, o que pode diminuir a janela de exportações. Além disso, as tempestades causadas pelo fenômeno climático El Niño afetaram também os principais parceiros comerciais do Brasil no Mercosul, como o Paraguai e a Argentina, impactando a oferta exportável desses países.

Projeções para a Próxima Safra

Apesar das incertezas climáticas, as projeções para a próxima safra de arroz são otimistas. Espera-se um aumento na produção gaúcha, com estimativas de 7,451 milhões de toneladas, e um crescimento significativo da área plantada no Mato Grosso. No entanto, o aumento na produção nacional pode não ser suficiente para aliviar a pressão nos preços, já que o país iniciou a temporada comercial com estoques reduzidos.

Perspectivas para o Mercado

Oliveira destacou que, apesar do aumento na produção, o mercado ainda enfrenta desafios significativos, como a baixa liquidez e os estoques mínimos. Com os rumores de que os estoques nas mãos de produtores e indústrias estão abaixo de 500 mil toneladas, é necessário monitorar de perto a evolução do mercado nos próximos meses.

Fonte: Portal do Agronegócio

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