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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Governo demonstra dificuldade em enfrentar as queimadas

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O jornal O Estado de S. Paulo criticou a inação da administração Lula diante dos incêndios na Amazônia.

No editorial publicado nesta segunda-feira (26), intitulado “Amazônia em Chamas”, o periódico aponta que o governo Lula (PT) se revelou “incapaz de lidar” com os desafios da gestão ambiental, apesar de ter sido eleito sob a bandeira da preservação das florestas. O texto exige ações do governo frente ao pior período de incêndios nos últimos 17 anos na maior floresta tropical do planeta.

Embora o desmatamento na Amazônia tenha diminuído, foram registrados mais de 43 mil focos de incêndio, tornando o intervalo entre 1° de janeiro e 20 de agosto o mais crítico em quase duas décadas, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em 2024, identificou-se um aumento significativo no número de focos em comparação ao ano anterior, e a plataforma Monitor do Fogo do MapBiomas apontou que a área devastada também praticamente duplicou – destaca o jornal.

Para o Estadão, é preciso que o Palácio do Planalto “se esforce mais para que o país avance nessa pauta”.

– A realidade se impõe, e o petista mostra-se incapaz de enfrentar tantos desafios. Embora Lula tenha escolhido Marina Silva, com renome internacional, para cuidar desse setor tão crucial para o futuro do Brasil e do mundo, fato é que a Amazônia está novamente em chamas. (…) O fogo aumenta na maior floresta tropical do mundo. Com tantos superlativos, a responsabilidade do país é grande, sobretudo a do governo de turno. E é justamente por isso que a gestão lulopetista é cobrada para dar resposta mais efetiva de prevenção e combate à devastação – diz o editorial.

O Estadão expõe que o fogo tem avançado até mesmo sobre regiões não desmatadas, e que o país enfrenta uma longa seca diante do El Niño e das mudanças climáticas.

– Para um governo que se diz tão zeloso da pauta ambiental, essa conjunção de fatores não deveria causar surpresa. Ao contrário. As medidas preventivas, primeiramente, e as de enfrentamento, na sequência, já deveriam ter sido muito bem planejadas. Por ora, segundo o Ministério do Meio Ambiente, são 1.489 brigadistas, e, dado o tamanho do desafio, o número parece insatisfatório – afirma o jornal.

Por fim, o editorial lembra que atualmente é possível monitorar focos de calor e coletar informações sobre a recorrência do fogo, como forma de auxiliar na criação de estratégias por parte das autoridades.

– Conhecimento e tecnologia não faltam no Brasil. Pode faltar, sim, competência, mas o certo é que boas intenções não bastam. Seja lá o que for, não há desculpas – pontuou.

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