Somente São Paulo e Espírito Santo obtiveram resultados superiores.
No relatório analítico 2023 do índice Mackenzie, Mato Grosso do Sul alcançou a terceira posição no ranking de liberdade econômica. Isso indica que o Estado é um dos melhores ambientes para os indivíduos investirem seu trabalho, aplicarem seus recursos e iniciarem negócios.
A liberdade econômica refere-se à capacidade dos membros da sociedade de escolherem como utilizar os recursos disponíveis, sem pressões ou imposições de agentes privados ou do governo.
São Paulo e Espírito Santo lideram com melhores desempenhos. Mato Grosso do Sul obteve uma pontuação geral de 5,40, enquanto São Paulo registrou 6,02 e Espírito Santo ficou com 5,72.
Na prática, isso se traduz em melhor qualidade de vida, maior acesso ao mercado de trabalho, inclusão social e diminuição da pobreza. “A liberdade econômica pode gerar efeitos benéficos no bem-estar da população, promovendo uma inclusão social mais ampla e contribuindo para a redução da pobreza. Ao facilitar o acesso ao mercado de trabalho e incentivar a geração de empregos formais, a liberdade econômica pode melhorar as condições de vida dos brasileiros”, afirma o documento. “Os estados que apresentam maior liberdade econômica tendem a ser mais prósperos do que aqueles com menor liberdade”, conclui.
Segundo Vladmir Fernandes Maciel, coordenador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica, Mato Grosso do Sul demonstrou uma forte recuperação após a pandemia em comparação com outros estados, destacando-se principalmente por suas baixas despesas públicas, incluindo as previdenciárias, além de contar com um mercado de trabalho vibrante.
Em 2020, todos os estados enfrentaram uma deterioração significativa devido à pandemia. A queda foi abrupta e a recuperação se mostrou demorada. No ano seguinte, observou-se uma leve melhora na liberdade econômica, com Mato Grosso do Sul se destacando por uma recuperação mais robusta. Os fatores que beneficiam esse estado incluem gastos públicos reduzidos, despesas previdenciárias controladas e um funcionalismo público em níveis moderados, além de um mercado de trabalho saudável.
O Índice Mackenzie de Liberdade Econômica Estadual analisa os gastos governamentais, a carga tributária e a regulação nos mercados de trabalho. As informações são coletadas de fontes oficiais como IBGE, Secretaria do Tesouro Nacional, Ministério do Trabalho e Receita Federal.
Vladmir Maciel também ressaltou que o estudo considera todas as esferas de poder (federal, estadual e municipal). Segundo o especialista, tanto o Brasil quanto seus estados ainda têm um grande potencial para avançar na liberdade econômica. A pontuação média do país no Índice Mackenzie subiu de 4,06 em 2022 para 4,38 no último ano.